A produção de leite foi uma das primeiras atividades dos colonos quando chegaram na Colônia General Osório. Mais de 120 anos depois a vida dos produtores de leite herdeiros da colonização da Pitangueira do Mato está passando por uma transformação com a introdução da ordenha robótica.
Esse avanço tecnológico trouxe maior facilidade e eficiência ao processo, beneficiando tanto os produtores quanto os animais.
“A gente começou aos poucos com 13 vacas, foi melhorando, e em 1995, começamos a fazer silagem. Aí fazia o grupo tirando leite manualmente e trazia para casa”, relembra emocionado Seu Valdir, produtor de leite desde 1980. Com a chegada dos robôs, a realidade mudou completamente. “Antigamente, era muito difícil, tinha que esquentar a água para lavar os tetos, e no inverno, nem se fala, era um sofrimento. Mas agora, com a ordenha robótica, tudo melhorou muito”, destaca Anelise Schwantes.
As vacas são ordenhadas de forma automática e individualizada, permitindo que o animal escolha o momento em que deseja ser ordenhado. “Ele vem quando quer, é uma ordenha voluntária. A hora que ele tiver a permissão, ele pode vir ordenhar”, explica Taíse, responsável pela operação do sistema.
Além da comodidade para as vacas, o sistema robótico oferece diversos benefícios aos produtores. “Hoje, a gente trabalha mais na frente do computador analisando dados do que propriamente com os animais”, afirma Taíse.
A tecnologia permite monitorar a produção individual de cada vaca, ajustando a nutrição e a reprodução para maximizar a produtividade. “Aumentou a produção, precisaria de 6 a 8 pessoas em turnos para fazer o que fazemos hoje com o robô”, destaca Valdir.
A adoção da ordenha robótica é uma tendência para o futuro das propriedades leiteiras. Os investimentos iniciais podem ser altos, mas a tecnologia tem demonstrado ser um excelente retorno, tornando o processo de ordenha mais eficiente e melhorando a qualidade de vida dos produtores.
A Agropecuária Puxiretê, da Familia Schwantes, fica na Linha Pulador Sul e adotou essa inovação depois que Valdir conheceu a tecnologia em um intercâmbio que fez na França, organizado pela Cotribá. A família conta que no início havia muitas dúvidas e preocupações quanto ao investimento em ordenha robótica, mas hoje, com a tecnologia operando plenamente, a família se mostra satisfeita com a decisão. A ordenha robótica representa uma revolução, melhorando a eficiência e a produtividade das propriedades leiteiras. Com a gestão de dados e a automação, a tecnologia está abrindo novas oportunidades para o setor.
A reportagem completa com a família Schwantes, gravada pelo repórter Andrei Grave, está disponível no canal do Youtube do Jornal O Alto Jacuí.