28 de Outubro, 2025 09h10mEntrevistas por JORNALISTA CRISTIANO LOPES

Thaís Wandscheer assume a presidência do Instituto Filhos do Coração

Nova gestão reforça o compromisso com o acolhimento e a transformação social por meio da música em Ibirubá

O Instituto Filhos do Coração, organização que há mais de uma década acolhe crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade na região do Alto Jacuí, inicia uma nova fase com Thaís Wandscheer na presidência. Ao lado da coordenadora e uma das fundadoras, Cecília Carmela Schweig, a nova gestão assume com o objetivo de dar continuidade ao trabalho social e cultural que tornou a entidade uma referência regional, especialmente através do ensino da música.
A ligação de Thaís com o Instituto começou de forma orgânica, como mãe de alunas. “Eu gosto sempre de acompanhar o que elas fazem. Comecei a ser mais presente na ONG e, quando foi para trocar a diretoria, recebi o convite. Eu disse: ‘Eu assumo, mas é tudo muito novo pra mim’”, relatou a nova presidente.
Moradora do bairro Floresta e auxiliar de ensino em uma creche local, Thaís destaca a importância da música em sua própria família. “Sempre tivemos encontros com gaita, violão e viola. Minhas duas meninas participam do Instituto e o pequeno, que ainda é novo, já quer tocar bateria. É algo saudável para eles”, afirmou.
Atualmente, o Instituto Filhos do Coração atende cerca de 60 crianças e adolescentes. A entidade oferece oficinas de música (violão, teclado, gaita, bateria e flauta), informática, artesanato e sabão ecológico.
A coordenadora Cecília Carmela Schweig relembra que o projeto musical, hoje central para a ONG, nasceu em 2013. “O Luís Roman [fundador] tinha o sonho de colocar música na ONG, e logo depois o Rotary manifestou o desejo de incentivar jovens através da música. Assim, nasceu o projeto Jovens Talentos, que hoje é o carro-chefe da instituição”, contou Cecília.
Para manter a estrutura, o Instituto conta com parcerias estratégicas, incluindo o Rotary Club, o Lions Clube e a Prefeitura de Ibirubá. “Nosso maestro é pago pela prefeitura, o que ajuda muito. Temos também monitores que recebem bolsas do Fundica [Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente] e auxiliam nas aulas”, explicou a coordenadora.
Cecília aproveitou para reforçar a importância da participação comunitária no financiamento. “É importante que a comunidade saiba que pode destinar parte do imposto de renda para o Fundo, garantindo que o dinheiro fique aqui, investido nas nossas crianças e adolescentes”, destacou.
Segundo a nova presidente, o envolvimento familiar é um dos pilares da gestão atual. “Na diretoria, praticamente todos os filhos participam de alguma oficina. Isso motiva os pais a ajudarem nos eventos e cria um vínculo muito forte com a ONG”, disse Thaís.
Cecília complementa que o trabalho desenvolvido vai além da técnica musical. “Não é só aprender a tocar. Eles aprendem compromisso, respeito e responsabilidade. A gente não substitui a família, mas colabora para que trilhem um bom caminho”, explica.
Por: Jornalista Cristiano Lopes

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