08 de Dezembro, 2025 09h12msaúde por Jardel Schemmer- Repórter Rádio Cidade 104.9

Ela crê que a fé em Deus trouxe a cura para ela poder acompanhar o crescimento dos netos

Carreata Rosa marca fim da quimioterapia da Profe Giovana Matos e emociona Ibirubá

Depois de enfrentar o câncer de mama pela segunda vez e transformar sua luta em fé, acolhimento e inspiração, a professora de dança Giovana Matos da Silva, a Profe Gio, foi homenageada com uma carreata que tomou as ruas de Ibirubá na terça-feira, 9 de dezembro, celebrando a última sessão de quimioterapia e a força de uma mulher que acredita profundamente na cura.

 

A tarde ganhou tons de rosa, buzinas e lágrimas de emoção quando dezenas de alunas se reuniram em frente ao Estúdio das Patroas Fit Dance carregando balões, mensagens de apoio e uma gratidão que se percebia no brilho dos olhos de cada uma. A caminhada até o estúdio, seguida pela carreata que cruzou diversas ruas da cidade, simbolizou mais do que uma homenagem: marcou a vitória de uma mulher que escolheu lutar com coragem, amor e fé inabalável. Ao ver a multidão se aproximar, Profe Gio chorou, sorriu e abraçou cada manifestação de carinho. Em meio à emoção, agradeceu a surpresa e deixou ecoar palavras que resumem sua jornada: “Eu jamais imaginei algo assim. Vocês me levantam todos os dias.” Logo depois, acrescentou: “A fé em Deus me carregou no colo quando eu pensei que não tinha mais força.” E concluiu olhando para as alunas: “Se hoje eu estou de pé, é porque Deus usou vocês para não me deixar cair.”

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A retrospectiva da trajetória de Gio explica a profundidade desse momento. Aos 42 anos, professora de educação física e dançarina, ela enfrentou o primeiro diagnóstico em 2020, após a perda precoce da irmã e a descoberta da mutação genética TP53, que aumenta o risco de câncer de mama. Passou por cirurgia, enfrentou o medo, se apoiou na dança e encontrou conforto na cidade que a acolheu como filha. Mesmo depois da volta da doença em estágio de metástase, acometendo ossos, pulmão e fígado, nunca entregou o espírito. “Eu não digo que o câncer está lá. Eu digo que estava. Porque eu acredito na cura”, sempre repetiu. Mãe de Thaís e Isadora, avó de Gael e Luiza, diz que sua fé se fortalece ao pensar nos netos: “Meu pedido sempre foi: Deus, me permita ser vó. E eu sabia que Ele me escutava.”

A construção dessa força também tem nome e rosto: médicos, enfermeiros e profissionais da saúde que acompanharam cada etapa da batalha. Para eles, Profe Gio reservou um agradecimento especial: “Meus médicos foram meus anjos na Terra. Eles me ouviram, respeitaram minhas escolhas e nunca me deixaram sozinha. Cada palavra deles foi combustível para eu continuar.” Entre consultas, exames e decisões difíceis, ela encontrou nessa equipe um suporte que transcende o técnico — uma parceria que a ajudou a manter a cabeça erguida e o coração firme.

E se há algo que Profe Gio faz questão de repetir, é que ninguém deveria caminhar essa jornada em silêncio. Ela encerrou a homenagem deixando uma mensagem a todas as mulheres que hoje enfrentam o câncer: “Não tenham medo. Informem-se, conversem, procurem ajuda. O câncer não é sentença, é processo. E, por favor, não deixem de acreditar. A fé abre caminhos onde a medicina às vezes não alcança. Eu estou aqui porque a minha começou dentro de mim.”

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