27 de Janeiro, 2025 10h01mDESTAQUE OAJ por Redação Integrada Rádio Cidade de Ibirubá e Jornal O Alto Jacuí

50 anos de história merecem um documentário que celebra o legado do Jornal O Alto Jacuí

Produção audiovisual foi contemplada no edital da Lei Paulo Gustavo e será apresentada em jantar comemorativo no dia 28 de fevereiro

O Jornal O Alto Jacuí, patrimônio cultural de Ibirubá e referência no jornalismo impresso em toda a região do Alto Jacuí, celebra 50 anos de história. Em uma pequena redação de Ibirubá, em 1975, com máquinas pesadas e um sonho ambicioso, Justino Guimarães Neto começou a escrever uma história que não era apenas sua, mas de toda uma comunidade. Esse sonho, que superou adversidades e desafiou as limitações de uma época, será contado no documentário “50 Anos de História: O Alto Jacuí e a Voz de Ibirubá”, que será exibido durante o jantar de comemoração aos 50 anos do jornal, dia 28 de fevereiro.

Produzido pela produtora Foto Magia, o filme foi contemplado em um dos editais da Lei Paulo Gustavo e mergulha na trajetória do Alto Jacuí desde sua fundação até os dias de hoje, destacando não apenas a força visionária de seu fundador, mas também as transformações vividas pelo veículo sob a liderança do atual diretor proprietário, Andrei Grave, que tem conduzido o jornal em tempos de mudanças profundas na comunicação.
O começo de tudo: paixão pela imprensa e pela comunidade
A história do Jornal O Alto Jacuí começa com Justino Guimarães Neto, um homem que nasceu em Cruz Alta e descobriu cedo sua paixão pela comunicação. Trabalhando como jornaleiro, Justino se encantou com o cheiro da tinta e a rotina das tipografias, o que o levou a sonhar com um jornal que fosse a voz de uma cidade. Em 1975, ao lado de sua esposa, Maria Eloína, ele concretizou esse sonho em Ibirubá, dando vida ao Alto Jacuí em meio a máquinas pesadas, recursos escassos e muita determinação.
“Meu pai enfrentou tudo para fazer o jornal acontecer. Não era só sobre escrever notícias, mas sobre dar à comunidade um espaço para se reconhecer, reivindicar e construir sua própria história”, relembra Mônica Guimarães, filha mais nova de Justino, que divide suas memórias no documentário.
Desafios de um pioneiro
O caminho foi árduo. Justino e e a família improvisavam soluções diante da falta de recursos. Os textos eram montados manualmente, letra por letra, e muitas vezes o fechamento do jornal se estendia pela madrugada. Apesar disso, ele não abria mão da precisão e da imparcialidade, características que marcaram sua atuação.
O documentário destaca também como Justino ultrapassava as barreiras do jornalismo, tornando-se um verdadeiro pilar da comunidade. Ele contribuiu em campanhas de arrecadação para construir a ala nova do Hospital Annes Dias, demonstrando que sua missão ia além das páginas impressas.
Inovação e o legado de Andrei Grave 
Após a morte de Justino, em 2002, o jornal passou por um período de transformação até 2019 quando coube a Andrei Grave, atual diretor proprietário, liderar essa nova fase, enfrentando os desafios impostos pelas mudanças no mercado editorial, pela concorrência da internet e pela migração das audiências para o digital.
Sob a gestão de Andrei, o Alto Jacuí manteve viva a essência deixada por Justino, mas também incorporou inovações que garantiram a relevância do jornal nos dias de hoje. O impresso segue firme, mas agora convive com uma forte presença digital, alcançando leitores por meio das redes sociais e adaptando-se às novas formas de consumo de notícias.
50 anos de memória e identidade local
Ao longo das cinco décadas de existência, o Alto Jacuí acompanhou a história regional. Foi testemunha de momentos políticos, sociais e culturais que moldaram a cidade, registrando os fatos com responsabilidade e humanidade. Para Andrei, o segredo da longevidade do jornal está no seu enraizamento na comunidade. “O jornal não é apenas um veículo de comunicação. Ele é um espaço de memória, de identidade e de valorização da nossa história”, afirma.
O documentário reúne imagens de arquivo, depoimentos de familiares, colaboradores e moradores de Ibirubá, além de cenas inéditas que capturam o espírito resiliente do jornal. 

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