
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul intensificou sua presença no Alto Jacuí e Alto Uruguai, com representantes da 3ª Coordenadoria Regional (CREPDEC 3) destacando ações de prevenção, monitoramento climático
A 3ª Coordenadoria Regional de Proteção e Defesa Civil (CREPDEC 3), representada pelo major Alexandre Pires Lacerda e pelo sargento Rodolfo Tonetto de Oliveira (foto), esteve em Ibirubá para detalhar as estratégias de atuação na região do Alto Jacuí e Alto Uruguai. O encontro destacou a importância do fortalecimento da estrutura municipal de Defesa Civil e da participação da comunidade na pesquisa estadual sobre percepção de riscos e desastres.
O major Alexandre, que já atuou em Ibirubá em 2015, ressaltou que a Defesa Civil vem passando por um processo de modernização. “Nos últimos anos, tivemos investimento em tecnologia, efetivo e viaturas, o que nos coloca em um nível de resposta mais ágil e eficiente”, afirmou. Segundo ele, a prioridade é alinhar dados entre municípios e Estado para que não haja divergências em situações de crise.
O sargento Rodolfo destacou a pesquisa de percepção de riscos, que permanece disponível até o final de setembro. “Queremos entender como cada cidadão percebe os riscos da sua comunidade. São poucos minutos para responder, mas isso nos ajuda a melhorar a comunicação e a qualificar os planos de contingência”, explicou.
A entrevista também abordou desafios enfrentados durante as enchentes de 2024, que expuseram falhas na coleta de informações em tempo real. O major Alexandre enfatizou que o aprendizado serviu para estreitar o vínculo com coordenadores municipais. “Defesas civis municipais fortes e preparadas são fundamentais. Nossa sugestão é que os ordenadores sejam servidores de carreira, criando memória institucional e evitando improvisos em momentos críticos”, afirmou.
Entre as ações estão:
monitoramento constante de eventos climáticos extremos;
treinamentos e simulados de planos de contingência;
fornecimento de materiais como lonas, telhas, água e cestas básicas, a municípios que esgotarem sua capacidade de resposta;
integração com universidades para troca de conhecimento científico e técnico.
A CREPDEC 3, sediada em Santa Maria, abrange 49 municípios e mantém o canal 199 como contato direto em casos de emergência. A recomendação, porém, é que a população acione primeiro a Defesa Civil municipal, que é a responsável pelas respostas iniciais.
“É fundamental que os cidadãos levem a sério os alertas emitidos por SMS pela Defesa Civil. Eles não são boatos, mas orientações baseadas em análises técnicas e meteorológicas. Confiar nas informações oficiais pode salvar vidas”, reforçou Alexandre.
A agenda da CREPDEC 3 na região incluiu reunião com autoridades municipais e divulgação da pesquisa estadual. A iniciativa busca ampliar a participação social e consolidar a Defesa Civil como política de Estado, capaz de prevenir riscos e agir com eficiência em situações de desastre.