25 de novembro, 2024 09h11m Báu do Esporte por Redação Integrada Rádio Cidade de Ibirubá e Jornal O Alto Jacuí

Conheça as histórias de garra e paixão de Eto pelo futebol amador de Ibirubá

Entre os momentos mais marcantes, Eto recordou o impacto de sua mãe, uma torcedora fervorosa

O eterno “raçudo” do Bangú e de tantos outros campos compartilhou momentos marcantes de sua trajetória no futebol no quadro Baú do Esporte.

Márcio José de Souza Gomes, o popular Eto, é um dos nomes mais lembrados quando se fala de futebol amador em Ibirubá. Com 47 anos, ele acumula histórias de superação, paixão pelo esporte e um legado construído com determinação. Ele participou do Baú do Esporte, na Rádio Cidade, e emocionou os ouvintes ao revisitar sua trajetória nos campos e quadras.
Eto nasceu em uma família simples e encontrou no futebol não apenas um hobby, mas uma paixão que moldou sua vida. Com uma bola improvisada feita de plástico, ele e seus irmãos começaram a jogar ainda crianças. “Minha mãe era muito rígida, mas sempre nos incentivava. Tínhamos que estudar e trabalhar antes de jogar, mas quando jogávamos, era com muita alegria e dedicação”, lembrou.
Eto iniciou sua carreira no futebol amador jogando em pequenos campos de bairro. Ele e o irmão Tiago ajudaram a criar o Gaúcho da Chácara, que começou a disputar torneios locais. Com habilidade e velocidade, Eto logo chamou a atenção de clubes como o Bangú, onde viveu momentos marcantes.
“Eu sempre fui aquele jogador que não aceitava perder. Em cada treino ou jogo, dava o meu máximo. No Bangú, tive a oportunidade de jogar ao lado de grandes nomes como Chiquinho, Garrincha e Altemir. Foi uma época de ouro para mim”, contou.
Apesar das dificuldades, como a falta de recursos para equipamentos esportivos, Eto jogava com o que tinha. “Minhas primeiras camisetas foram pintadas à mão por amigos do bairro. Não tínhamos chuteiras boas, mas tínhamos vontade, e isso fazia toda a diferença.”
Eto recordou momentos emblemáticos, como o dia em que o Bangú enfrentou o Triunfo em uma final acirrada. “Saímos perdendo, mas, com garra, conseguimos virar o jogo. Foi uma das partidas mais emocionantes que joguei”, relatou. Ele também mencionou o histórico confronto no qual viu Ronaldinho Gaúcho jogar em Ibirubá, quando treinava nas categorias de base. “Quem imaginaria que estaríamos frente a frente com o futuro melhor jogador do mundo?” Eto teve passagens por times como Juventude, Grêmio, Atlético, São Lucas e Estrela. Jogou campeonatos municipais, torneios de areia e amistosos em cidades vizinhas. Ele destacou a importância do apoio de amigos, técnicos e familiares. “Minha mãe era minha maior torcedora. Ela lavava os uniformes, torcia nas arquibancadas e até me defendeu em campo quando achava que eu estava em perigo. Isso nunca vou esquecer.”
Eto acredita que o futebol vai além do esporte: ele ensina caráter, disciplina e respeito. “O futebol me mostrou que, assim como em campo, na vida a gente precisa lutar até o último minuto. O esporte moldou quem eu sou hoje.” Mesmo com a idade avançando, Eto segue ativo nos veteranos e inspira as novas gerações. “Hoje, vejo meu neto jogar no Milan e penso no quanto o futebol uniu nossa família. É algo que vou carregar para sempre.”
Ele também destacou que nunca jogou por dinheiro, mas pelo amor ao esporte. “Nunca me importei com cachês. Jogava pelo prazer e pela honra de vestir a camiseta do time. Isso me trouxe amizades e lembranças que dinheiro nenhum compra.”
A participação de Eto no Baú do Esporte foi repleta de mensagens de carinho de ex-companheiros, amigos e ouvintes que acompanharam sua trajetória. Entre as mensagens, estava a de sua filha, que declarou: “Maior jogador que já vi. Te amo, pai.”
Ao final, Eto agradeceu por tudo que o futebol lhe proporcionou. “Sou grato aos clubes que confiaram em mim, aos amigos que fiz e à minha família, que sempre esteve ao meu lado. O futebol me deu muito mais do que vitórias, me deu uma vida cheia de histórias para contar.”
A edição especial do Baú do Esporte está disponível para ser assistida no canal do YouTube e no Facebook da Rádio Cidade.

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