Com 1.200 propriedades rurais e mais de 43 mil hectares dedicados às lavouras, Ibirubá consolida seu perfil agrícola e a importância dos colonos na economia e identidade local.
Os números da agricultura em Ibirubá impressionam e confirmam o papel central dos colonos no desenvolvimento do município. Segundo dados atualizados da Emater, o município conta atualmente com 1.200 propriedades rurais, que juntas somam uma área total de 62.540 hectares. Desse total, 43.250 hectares estão destinados a lavouras, consolidando Ibirubá como um território de forte vocação agrícola.
A presença marcante dos agricultores familiares é visível não só na produção, mas na forma como organizam o uso da terra. Além da grande extensão de lavouras, 4.500 hectares são irrigados, o que representa o investimento constante em tecnologias para garantir produtividade, mesmo em períodos de estiagem.
Outro destaque dos dados da Emater é o equilíbrio entre produção e preservação. Ibirubá mantém 5.124 hectares de matas nativas, além de 607 hectares com reflorestamento, sinalizando o compromisso de muitos produtores com a sustentabilidade e o cuidado com os recursos naturais.
A agricultura voltada ao consumo, com 789 hectares cultivados com culturas temporárias, também tem espaço importante, mostrando que, além da produção em larga escala, os colonos mantêm práticas voltadas ao abastecimento familiar e comunitário.
O setor pecuário também é contemplado nas propriedades, com 4.837 hectares de pastagens naturais e 1.036 hectares de pastagens artificiais cultivadas, essenciais para a criação de gado de leite e de corte. Já as culturas permanentes, como a fruticultura, ocupam 447 hectares, ampliando a diversidade produtiva das áreas rurais.
“Esses dados mostram a importância da agricultura para o município, mas também revelam o comprometimento dos produtores com o uso racional da terra”, avalia o técnico da Emater de Ibirubá, Jorge Weiler. Segundo ele, a diversificação das áreas é um reflexo da adaptação das famílias rurais às demandas do mercado e às condições climáticas da região.
Além das áreas produtivas e de preservação, há também 5.127 hectares destinados a outras finalidades, como barragens, rios, campos de futebol, cemitérios e estradas, além de 1.323 hectares considerados inaproveitáveis por fatores como relevo acidentado ou baixa fertilidade do solo.
A Emater destaca que esses dados reforçam a necessidade de políticas públicas voltadas ao meio rural. “Ibirubá ainda é um município essencialmente agrícola. Valorizar o colono é reconhecer que é ele quem garante o alimento na mesa e movimenta a economia local”, completa Weiler
