Um homem de 37 anos morreu na tarde desta quinta-feira (23), no bairro Canasvieiras, no Norte da Ilha, em Florianópolis, após sofrer um choque anafilático causado pela ingestão de camarão. Identificado como Adriano Goettems, o turista gaúcho estava de férias com a família quando consumiu o alimento em um restaurante local, na Rua Madre Maria Villa. Poucos minutos depois, ele começou a apresentar sinais de uma reação alérgica severa.
De acordo com relatos, após consumir o prato, ele levantou e, de forma repentina, começou a passar mal. “Ele ficou roxo rapidamente e caiu na calçada, já em parada cardiorrespiratória”, relatou um dos presentes no local.
Populares e a esposa da vítima tentaram reanimá-lo com massagens cardíacas enquanto aguardavam o resgate. Equipes do Corpo de Bombeiros, do helicóptero Águia e do Samu chegaram rapidamente e realizaram manobras de reanimação por cerca de uma hora, mas Adriano não resistiu e teve o óbito confirmado no local.
Comunidade em luto
O agricultor e conselheiro da Cotrijal era morador de Alto Alegre, mas trabalhava diariamente em sua propriedade na comunidade de Passo do Padre, no interior de Colorado/RS. Casado e pai de um filho, Adriano era conhecido por ser prestativo e querido pela comunidade. Vizinhos postaram nas redes sociais mensagens lamentando profundamente a perda. “Ele era um amigo de infância, uma pessoa que não brigava com ninguém, sempre disposto a ajudar. É uma tristeza imensa”, declarou um amigo.
O corpo de Adriano será transladado e velado na cidade de Selbach, ainda sem horário definido. A tragédia reacende o alerta sobre os perigos das alergias alimentares. Especialistas destacam que reações alérgicas a frutos do mar, como o camarão, podem ser fatais, especialmente se não houver rápido acesso a medicamentos como a epinefrina. “É crucial que pessoas com histórico de alergia evitem completamente o consumo e informem claramente em ambientes públicos sobre sua condição”, orienta a alergologista Paula Mendes.
O incidente reforça a importância de restaurantes e consumidores estarem atentos à manipulação de alimentos e aos sinais de reações alérgicas, que podem incluir inchaço, dificuldade respiratória e parada cardíaca. Apesar dos esforços das equipes de emergência, o caso de Adriano serve como um alerta para que tragédias como essa possam ser prevenidas.
Jornal O Alto Jacuí/ Rádio Cidade Ibirubá
Foto: arquivo família