Em Ibirubá, um serviço social de extrema importância vem ganhando destaque e aos poucos vai transformando vidas. Trata-se do Programa Família Acolhedora, uma iniciativa que visa acolher crianças que estão distantes do vínculo familiar por determinação do judiciário e o projeto visa não apenas um teto, mas também amor, carinho e segurança para as crianças atendidas pela rede de proteção da criança e do adolescente.
Entre essas duas situações, há sempre a preocupação de acolher essas crianças da forma menos traumática possível, e o programa Família Acolhedora é uma alternativa que já demonstra resultados positivos desde que começou a ser implementada no país. Conforme Artigo 14 do Estatuto da Criança e Adolescente – ECA/1990, “O poder público estimulará, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado.”
No Estado , a Lei 15.210/2018, institui no Rio Grande do Sul, o Programa de Guarda Temporária de Crianças e Adolescentes.
Aqui em Ibirubá, foi sancionada em 19 de Outubro a Lei Municipal n° 3.045/2022, que institui o Serviço de Acolhimento Provisório para Crianças e Adolescentes, denominado Programa Família Acolhedora. “Destacamos a importância dessa política pública que visa proteção integral das crianças e adolescentes, vindo ao encontro da legislação que salienta a importância do convívio familiar e comunitário na vida das pessoas. Afeto, carinho, atenção e cuidados são sentimentos essenciais para o desenvolvimento infantil.” afirma Juliana Ribas Costa, pedagoga que integra a equipe da Secretaria de Assistência Social de Ibirubá
Uma situação delicada e um refúgio necessário
A realidade de muitas crianças em todo o país é marcada por situações de risco e abandono, levando-as a serem afastadas de suas famílias por determinação judicial. E o serviço de Família Acolhedora surge como uma alternativa de alta complexidade para proteger essas crianças, proporcionando-lhes um lar temporário, onde possam ser cuidadas de maneira adequada. A importância desse serviço vai além de oferecer abrigo; ele busca proporcionar um ambiente propício para o desenvolvimento saudável dessas crianças, respeitando seus direitos e garantindo seu bem-estar.
A jornada da família acolhedora
O processo de se tornar uma família acolhedora envolve não apenas o desejo de ajudar, mas também a preparação e o compromisso de oferecer um ambiente amoroso e seguro para a criança acolhida. A seleção das famílias aptas é criteriosa, e os candidatos passam por um processo que envolve avaliações, entrevistas e análises para assegurar que estão preparados para assumir essa responsabilidade.
Juliana destaca que “é preciso que a família acolhedora esteja preparada para dar amor e proteção a essas crianças, que muitas vezes chegam fragilizadas e em busca de um apoio genuíno.” Além disso, as famílias devem ter um lar saudável, propício para o desenvolvimento infantil e capaz de suprir todas as necessidades da criança.
A importância do lar e do vínculo familiar
O Programa Família Acolhedora não visa substituir o vínculo familiar original da criança, mas sim oferecer um suporte temporário até que a situação seja resolvida. O tempo de permanência da criança na família acolhedora não pode ultrapassar dois anos, exceto em situações excepcionais. O principal objetivo é buscar a reintegração da criança à sua família de origem, sempre priorizando o bem-estar e os direitos da criança.
A transformação positiva na vida de todos
A experiência de se tornar uma família acolhedora traz transformações significativas tanto para as crianças acolhidas quanto para as próprias famílias que as recebem. Além de proporcionar um ambiente seguro para a criança, a família acolhedora também aprende lições valiosas sobre empatia, solidariedade e responsabilidade social.
Uma iniciativa que traz esperança
A iniciativa do Programa Família Acolhedora em Ibirubá ressalta a importância de olharmos para as crianças em situações vulneráveis e oferecer-lhes um ambiente de amor e segurança. Essas famílias acolhedoras, ao abrirem suas portas e corações, estão contribuindo para um futuro mais promissor para as crianças e, consequentemente, para a sociedade como um todo.
O trabalho conjunto entre a Secretaria de Assistência Social, o Judiciário e outras instâncias do poder público é fundamental para que esse programa continue transformando vidas e cumprindo seu papel crucial na proteção da infância e adolescência. , “o Família Acolhedora é mais do que um programa, é um ato de amor que faz a diferença na vida dessas crianças e suas famílias.”