
Presidente do Rotary Flor de Pitangueira fala sobre trajetória de vida, escolhas profissionais e o impacto do projeto Despertando Gigantes em Ibirubá
Conciliar o magistério com o trabalho no Fórum, estudar para concursos em meio a incertezas e abrir mão de um bom salário por um propósito maior foram algumas das decisões que marcaram a trajetória de Ana Carolina Spengler Stadtlober. Hoje promotora de Justiça e presidente do Rotary Club Flor de Pitangueira, ela compartilhou sua história no programa Momento Estrela Guia com emoção e firmeza. “Eu chegava cedo na escola, dormia um pouco antes das aulas, os alunos sabiam que era o horário da professora descansar. À tarde, ia direto para o Fórum”, relembrou. Mesmo com propostas tentadoras, como o convite para atuar na COMPAC da Prefeitura de Ibirubá, Ana manteve o foco no Direito. “Recusei um salário excelente porque sabia o que eu queria. Preferi seguir com disciplina, mesmo sem garantias, porque eu acreditava na minha escolha.” A paixão pelo serviço à comunidade veio de berço: sua mãe foi a primeira presidente da Liga Feminina de Combate ao Câncer. “Cresci vendo ela acolher quem precisava. Isso me marcou profundamente”, disse.
À frente do Rotary Flor de Pitangueira, fundado há um ano com 30 mulheres voluntárias, Ana coordena ações sociais como o Celebra Mulher, que arrecadou R$ 28.588,63 revertidos em doações à Liga do Câncer, ao Hospital Annes Dias e à Fundação Rotária. Parte do valor mantém o projeto Despertando Gigantes, que oferece oficinas mensais para meninas de 12 a 14 anos de escolas públicas de Ibirubá. “Começamos pela autoestima, depois entramos no empreendedorismo e no preparo para a vida. Uma das alunas já postou o bolo que aprendeu a fazer na oficina. Isso nos mostra que estamos no caminho certo”, afirmou. As oficinas são ministradas pelas próprias integrantes do clube, conforme suas profissões e habilidades. “A ideia é mostrar que cada uma delas tem valor, tem força, e pode sonhar alto. Se ao final uma só sair transformada, para nós já valeu”, concluiu.
A proposta do projeto é desenvolver não só habilidades técnicas, mas também emocionais. Segundo Ana, o diferencial está em ouvir as jovens e adaptar os conteúdos à realidade delas. “Fizemos um levantamento com as alunas sobre o que gostariam de aprender. A partir disso, estruturamos oficinas com base nos interesses, mas também no que acreditamos ser essencial: postura, rede social, educação financeira. Tudo isso é preparação para a vida”, explicou. Ela também destacou a importância do trabalho em equipe: “Somos mulheres de diferentes formações, unidas por um propósito. Cada uma doa seu tempo, conhecimento e coração.” A entrevista completa com Ana Carolina Stadtlober está disponível no YouTube do Jornal O Alto Jacuí.