
Cidade contabilizou 241 nascimentos, 164 mortes, 80 casamentos e 29 divórcios no último ano
Na paisagem serena da Terra da Pitangueira do Mato, onde a vida ainda parece correr em ritmo de interior, os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, em 2023, o município contabilizou 241 nascimentos — o que representa, na média, pouco mais de 20 bebês por mês — e 164 mortes, indicando que, embora a população ainda cresça, o ritmo é lento, quase contido.
Com 22.082 habitantes, Ibirubá acompanhou de perto a tendência nacional: o Brasil registrou no ano passado o menor número de nascimentos desde 1976, segundo o IBGE. Ainda assim, cada nascimento no município carrega consigo um sopro de renovação para famílias que celebram o início de novas histórias.
Já a vida a dois teve um registro tímido. Apenas 80 casamentos foram oficializados no cartório ibirubense, todos entre pessoas de sexo diferente, sem registros de uniões homoafetivas no último ano. Em tempos em que as festas parecem mais raras do que antes da pandemia, os enlaces civis foram discretos — e, por vezes, deslocados, já que muitos casamentos ocorrem fora do município de residência dos noivos.
O amor também deu lugar à separação em alguns casos. Foram 29 divórcios registrados em Ibirubá em 2023. No Brasil, esse número cresceu quase 5%, reflexo de uma sociedade que se reinventa em seus modelos familiares. A média nacional aponta que os casamentos duram atualmente cerca de 13,8 anos, menos do que os 16 anos de união registrados em 2010.
O contraste entre os dados — vida que começa, que termina, que se junta e que se desfaz — compõe uma espécie de retrato social do município.