26 de Maio, 2025 09h05mSaúde Ibirubá por ANDREI GRAVE

Doenças respiratórias avançam no inverno e aumentam riscos com foco na prevenção e vacinação

Dr. Jeferson Wollmeister explica como os vírus agem no organismo e reforça a importância de hábitos saudáveis e da imunização.

Com a chegada do frio e a circulação de novas cepas, aumentam os casos de gripes, resfriados e infecções respiratórias. O cardiologista Dr. Jeferson Wollmeister orienta sobre prevenção, cuidados e destaca a necessidade da vacinação anual, especialmente para grupos vulneráveis.

Quando o inverno se instala e o ar gelado domina as ruas, o organismo humano transforma-se em um verdadeiro campo de batalha silenciosa contra vírus e infecções. Enquanto as unidades de saúde registram filas e lotações, especialistas alertam sobre como enfrentar essa onda de doenças respiratórias. Em entrevista, o cardiologista Dr. Jeferson Wollmeister compartilha sua visão sobre o avanço das infecções nesta época do ano, desvenda os mecanismos do corpo frente aos vírus e reforça a urgência da vacinação e da adoção de hábitos que podem salvar vidas.
A população, principalmente com a entrada do outono, começou a registrar um aumento expressivo de hospitalizações por gripes, resfriados, alergias, H1N1, COVID e dengue. De acordo com o Dr. Jeferson Wollmeister, o cenário atual não é isolado, com incidência elevada de infecções virais em todo o país.
Segundo ele, a mutação do vírus Influenza explica a elevação dos casos. O vírus entra pela via respiratória superior, principalmente pelo nariz, e começa a se multiplicar dentro das células, desestruturando o funcionamento delas. Esse processo gera a inflamação que provoca sintomas como coriza, escarro, dor no corpo e febre.
O médico reforça que, embora muitos considerem mito, o frio e a umidade influenciam diretamente na suscetibilidade às doenças. Quando o corpo é exposto ao frio, prioriza a manutenção da temperatura dos órgãos internos, reduzindo a circulação na periferia, como as vias aéreas superiores, que ficam mais frágeis e facilitam a entrada dos vírus.
Sobre o aumento da circulação viral, Dr. Jeferson associa ao baixo índice de vacinação no período anterior. Poucas pessoas se vacinaram no ano passado. A vacina precisa ser feita anualmente porque as cepas mudam e é uma maneira de manter o sistema imunológico treinado.
Ele destaca a necessidade de proteção principalmente entre idosos, crianças e portadores de comorbidades. Proteger essas pessoas é fundamental. Para quem está exposto no dia a dia, trabalhando, o risco existe, mas é preciso minimizar os impactos.
Dr. Jeferson também explica a ligação entre infecções respiratórias e doenças cardíacas. Quando o pulmão adoece, o coração sofre junto. A oxigenação inadequada pode desencadear infartos e agravar quadros de insuficiência cardíaca. A vacina da gripe diminui inclusive a mortalidade por doenças cardíacas.
Com mais de duas décadas de experiência, o médico observa mudanças no perfil das doenças. As pessoas estão mais doentes, com um sistema imunológico mais fragilizado. Fatores como poluição, alimentação ultraprocessada, consumo excessivo de álcool e o uso de cigarros eletrônicos contribuem para esse cenário.
Ao comentar sobre a pandemia, ele afirma que houve uma transformação no comportamento e na saúde das pessoas. O medo, o isolamento e o sedentarismo agravaram comorbidades. O cérebro comanda o organismo e, se não está bem, todo o sistema imunológico sofre.
Sobre as vacinas da COVID-19, Dr. Jeferson analisa com equilíbrio: naquele momento, foi necessário agir rapidamente, mesmo sem o tempo ideal de testes. O remédio nunca pode ser pior que a doença, mas era o que se tinha. Agora cabe manter a capacidade crítica e refletir sobre o que foi feito, sem radicalismos.
Ele reforça que hábitos saudáveis são a chave. Alimentação equilibrada, atividade física e evitar álcool excessivo fortalecem as defesas naturais. E, sobretudo, nunca se automedicar. Sempre procure um médico.
Com a autoridade de quem dedica a vida à medicina, Dr. Jeferson deixa um recado direto: as vacinas estão aí, são seguras e necessárias. Principalmente a da Influenza, que já está disponível. Vamos proteger quem amamos.
A íntegra desta entrevista está disponível no YouTube do Jornal O Alto Jacuí.

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