05 de Setembro, 2025 11h09mBáu do Esporte por ANDREI GRAVE

Daniel Costa relembra trajetória no futebol amador e conquista histórica com o Juventude

Natural de Alto Alegre, lateral esquerdo conta bastidores da conquista estadua lá em 2003

Com humildade e bom humor, Daniel Costa reviveu, no programa Baú do Esporte, as memórias de sua jornada no futebol, desde os primeiros toques na bola em Alto Alegre até a consagração como campeão estadual amador pelo Juventude de Ibirubá, em 2003.

O futebol de várzea e o esporte amador têm protagonistas que, embora longe dos holofotes das grandes arenas, marcaram gerações com histórias de entrega, superação e paixão. Daniel Costa, conhecido pela torcida como “o canhoto de Alto Alegre”, é um desses nomes que se eternizam na memória dos campos do interior. Em entrevista ao programa Baú do Esporte, transmitido pela Rádio Cidade, o ex-lateral esquerdo compartilhou sua trajetória, marcada por simplicidade, resiliência e laços construídos dentro e fora das quatro linhas.

"Comecei jogando bola com bexiga de boi cheia de papel, costurada à mão", lembra Daniel, natural de Alto Alegre e filho de Marcelino e Margarida Costa. Ainda jovem, estreou no futebol amador aos 16 anos, entrando como “gato” (jogador com identidade alterada), como era comum nas competições da época.
Daniel destacou a força do futsal em Alto Alegre e a importância da Escolinha Sementinha. "Foi com o professor Sidney Barbosa, brigadiano, e o Marcelo, hoje dentista em Ibirubá, que aprendi os primeiros fundamentos", contou. Participou de campeonatos regionais e enfrentou fortes equipes, como o tradicional time da  Asif de Ibirubá, onde teve o primeiro contato com atletas que mais tarde seriam seus companheiros de conquistas.
Sua vinda para Ibirubá foi intermediada por Daniel Vogel e o “Vermelho”, dirigentes que notaram seu talento jogando em Arroio Grande. Chegou para atuar no Grêmio Ibirubá, e posteriormente foi convidado por Luis Pedersen, o Pesta, e Irineu Marangon para reforçar o Juventude, na temporada que culminaria com o título estadual de amadores em 2003.

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"Era um time montado com simplicidade, sem grandes investimentos. Ganhei R$ 30 no começo. Depois foi pra R$ 50, mas o que valia mesmo era o peixe frito, o fruquito e a união da equipe", brincou Daniel.

O técnico Garrincha e a diretoria foram lembrados com carinho. “Ele tinha suas linhas táticas, mas a principal regra era: quem treinava, jogava”, ressaltou. Daniel também destacou o papel de Petsa na motivação do grupo. "Ele entrava no vestiário e tu esquecia até que tava machucado", contou, emocionado.
Além do título estadual, Daniel participou do Sul-Brasileiro em 2004, quando o Juventude representou o Rio Grande do Sul. Embora o título não tenha vindo, o grupo se manteve unido. “Era amizade verdadeira. O futebol me deu tudo: casa, trabalho e grandes amigos”, afirmou.
Daniel encerrou a entrevista escolhendo sua "seleção dos sonhos", com nomes como Lipe Tomazzini, Grizzo, Márcio Almeida, entre outros. "Se tivesse que fazer tudo de novo, faria igual", concluiu. Hoje, segue contribuindo com o esporte e a comunidade, trabalhando como motorista da empresa Girus Tur e acompanhando o filho Rafael, de 12 anos, nas categorias de base do Juventude.  A entrevista completa está disponívek junto ao canal do youtube do OAJ.

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