
O ibirubense Fábio Ricardo Carvalho Moreira foi o representante brasileiro no festival internacional de danças folclóricas Danzpare, realizado em Sucre, na Bolívia
Único casal brasileiro entre os participantes, Fábio e Caroline representaram o Brasil no Danzpare, festival internacional itinerante dedicado à dança em duplas, que reúne um par por país. “É uma experiência muito rica. São sete dias convivendo com representantes de diversas culturas. A troca de vivências, as apresentações, o contato com a realidade de outros povos… tudo isso é algo que marca profundamente”, relatou Fábio.
O evento, sediado em Sucre – capital constitucional da Bolívia e considerada berço cultural da América Latina –, contou com a presença de bailarinos da Guatemala, Peru, Argentina, Paraguai, entre outros. Ao todo, Fábio e Caroline realizaram mais de 15 apresentações, adaptando coreografias de samba, forró e músicas tradicionalistas gaúchas para palcos variados: escolas, teatros e espaços públicos.
O convite para participar do festival surgiu através da Companhia de Dança Bailar, de Passo Fundo, onde Fábio mantém vínculo como dançarino. “A gente tem liberdade para escolher um país por ano. Essa foi minha terceira participação no Danzpare Já fui ao Peru e ao México. Agora, a Bolívia me trouxe novas surpresas”, explicou.
Mesmo enfrentando imprevistos – como uma lesão na panturrilha durante os ensaios e dificuldades logísticas na organização da viagem –, o dançarino conseguiu superar os desafios e realizar a participação com êxito. “A Carol se prontificou a ser minha parceira mesmo sem a gente se conhecer pessoalmente. Tivemos pouco tempo de ensaio, mas conseguimos montar coreografias inéditas, adaptar outras já existentes e representar bem o Brasil”, contou.
Além das danças, os participantes também vivenciaram atividades culturais e turísticas, como uma sessão de fotos no Salar de Uyuni, o maior deserto de sal do mundo. “Foi um dos lugares mais incríveis que já conheci. Uma imensidão branca, acima dos 4 mil metros de altitude. A natureza ali é impressionante”, destacou.
Fábio também relatou que, apesar da altitude elevada, os efeitos no corpo foram mínimos. “Nosso organismo reagiu muito bem. Não tivemos problemas para dançar ou realizar as atividades”, disse.
A viagem foi financiada parcialmente pelo próprio casal, com o festival arcando com hospedagem, transporte interno e alimentação. “O evento é responsável por tudo durante o período do festival. Nós apenas custeamos as passagens aéreas. Claro, sempre dá para buscar apoio com empresas, prefeituras ou patrocínios locais”, observou.
Com quase 30 anos de trajetória na dança, Fábio mantém vínculos com diversos grupos tradicionalistas, entre eles o CTG Querença do Sul, de Quinze de Novembro, onde atua como instrutor. “Sou muito grato ao CTG, que cedeu espaço para ensaios, reorganizou a agenda em função da minha viagem e me apoiou em tudo. O retorno foi emocionante, inclusive com alunos interessados em aprender mais sobre a Bolívia”, relatou.
Além da dança, Fábio é empresário e comanda a Promo Imagem, loja especializada em brindes e personalizações. “A loja está consolidada no novo endereço, com boa estrutura. Nesta época do ano, cresce muito a demanda por brindes de fim de ano. Trabalhamos com personalização imediata de cuias, tábuas, copos e outros itens”, afirmou. Para 2026, Fábio vai manter a tradição de participar de um festival internacional por ano. “Talvez seja a Costa Rica. Vai depender do calendário do Danzpare e, claro, do orçamento. Mas a vontade de continuar levando a nossa cultura mundo afora segue firme”, concluiu.






















