
Programa federal impulsiona setor imobiliário e oferece novas oportunidades para famílias que buscam sair do aluguel
Em Ibirubá, o panorama habitacional passa por uma mudança significativa. Famílias que por muito tempo consideraram impossível ter uma casa própria agora encontram caminhos viáveis para realizar esse projeto de vida. O programa Minha Casa Minha Vida ressurge como protagonista, impulsionando o mercado e movimentando a construção civil no município e região.
Tiago Estrapação, da Realizzi Gestão e Incorporação imobiliária, aponta que o momento é de oportunidade. Para ele, muitos trabalhadores ainda desconhecem as possibilidades de financiamento que podem tornar o sonho da casa própria uma realidade. “Hoje há linhas de crédito acessíveis e parcelas que muitas vezes ficam abaixo do valor do aluguel. Isso muda completamente a perspectiva de quem sempre viveu na dependência de um imóvel alugado”, explica.
Estudos e levantamentos apontam que o déficit habitacional em Ibirubá ultrapassa seiscentas moradias, reflexo direto da expansão econômica e da chegada constante de novos trabalhadores, principalmente para atender à demanda das indústrias locais.
“É comum encontrar famílias que percorrem mais de cem quilômetros diariamente para trabalhar em Ibirubá. Não é saudável, nem produtivo. O financiamento surge como alternativa mais viável e humana para essas pessoas”, observa Estrapação.
O programa, na sua nova formatação, contempla diferentes faixas de renda, viabilizando financiamentos que atendem desde quem possui menor poder aquisitivo até aqueles que buscam imóveis mais sofisticados. “Com uma renda familiar de cinco mil reais, já é possível financiar cerca de duzentos e vinte mil reais. Esse valor permite a construção de uma casa digna, especialmente em cidades próximas, onde o valor do terreno é mais acessível”, explica.
O custo do terreno, inclusive, é um dos grandes desafios do setor em Ibirubá. Segundo Estrapação, o preço elevado se deve, entre outros fatores, às exigências legais quanto ao tamanho mínimo das áreas. “Hoje, o padrão mínimo é de trezentos metros quadrados (12x25), o que dificulta para quem busca uma moradia compacta e acessível. Uma revisão nessas normas, para 10 ou 11 de frente, poderia baratear os terrenos e ampliar o acesso à habitação”, destaca.
Ainda de acordo com o especialista, muitas famílias desconhecem que a prestação de um financiamento pode ser inferior ao valor pago em aluguel. “Já acompanhamos casos de pessoas que saíram do aluguel e passaram a pagar uma parcela menor, com a segurança de investir em um patrimônio próprio”, relata.
O programa também tem efeito positivo sobre a economia local, movimentando a cadeia da construção civil e gerando empregos. Além disso, impulsiona o desenvolvimento urbano de bairros e cidades próximas, que passaram a ser opções viáveis para quem deseja construir com um custo menor.
Para Estrapação, o momento exige informação e iniciativa. “O importante é que as pessoas procurem orientação qualificada, se informem sobre as possibilidades e entendam que o sonho da casa própria é possível. O financiamento está acessível, as linhas de crédito estão operando e quem se planeja consegue sair do aluguel e mudar de vida”, conclui.