04 de novembro, 2024 14h11m Báu do Esporte por Redação Integrada Rádio Cidade de Ibirubá e Jornal O Alto Jacuí

Fábio Ricardo Galvão: A história do ex-jogador que se reinventou como barbeiro em Ibirubá

Campeão municipal e agora barbeiro, ele conta como o amor e a busca por novos desafios o levaram a trocar o futebol pela tesoura e a navalha

Após encerrar a carreira nos gramados, Fábio Ricardo Galvão, ex-jogador e campeão municipal, se reinventou como barbeiro em Ibirubá. Em meio a histórias de futebol e uma vida dedicada ao esporte, ele encontrou na barbearia um novo propósito e construiu um futuro ao lado da esposa, Mara Lauxen, na cidade que escolheu como lar.

Em entrevista ao quadro “Baú do Esporte”, na Rádio Cidade Ibirubá 104,9 ele relembra a trajetória que começou na escolinha de futebol e passou por posições como lateral, volante e, finalmente, zagueiro – posição que o levou ao título municipal com o Bangú. Hoje, consolidado como barbeiro em Ibirubá, Fábio reflete sobre a importância da disciplina e da adaptação, elementos que aprendeu no futebol e que o guiaram na transição para sua nova carreira.
“Nunca pensei que fosse parar numa barbearia. Mas a vida me trouxe para Ibirubá, conheci minha esposa, Mara, e aos poucos fui vendo que precisava de algo novo. Trabalhar com gente sempre foi meu forte, e a barbearia virou o meu campo,” diz Fábio.
Fábio começou sua jornada esportiva em Caxias do Sul, onde entrou em uma escolinha de futebol. “Comecei como atacante, mas logo me puxaram para outras posições. Até então, eu jogava meio perdido, era sempre o último a ser escolhido,” lembra, rindo. Depois de muita insistência, encontrou seu lugar como zagueiro, onde descobriu sua verdadeira habilidade. Essa posição o levou a Ibirubá, onde, em 2015 (foto), ele e outros jogadores vindos de Caxias do Sul integraram o Estrela do Norte, inicialmente um time subestimado. “Fomos chamados de ‘os velhinhos’, mas acabamos ganhando jogos e mostrando nossa força. Ganhamos do Hermany numa partida acalorada. Foi inesquecível,” recorda.
Foi também em Ibirubá que a vida de Fábio mudaria de vez. “Quando conheci a Mara, já estava com o cabelo comprido há sete anos. Ela adorava o visual e não queria que eu cortasse de jeito nenhum. Mas eu sabia que era hora de mudar,” conta. Após um ano de namoro à distância, Fábio se mudou definitivamente para a cidade. “Eu vinha todo final de semana e, depois de um tempo, ela falou: ‘Vamos juntar as escovas de dente!’ Aí percebi que não tinha mais volta, eu queria estar perto dela.”
Ao se estabelecer em Ibirubá, Fábio tentou trabalhar na área de administração, pela qual se formou, mas encontrou dificuldades em conseguir algo estável. Passou então por diversas áreas: usinagem, vendas e até fez cursos em segurança do trabalho. “Na minha cabeça, era como se eu estivesse subindo uma escada e, mesmo sem conseguir uma oportunidade na minha área de formação, eu sabia que precisava me mexer,” explica.
Mas foi na barbearia que Fábio encontrou seu novo rumo. Após abrir seu próprio espaço em 2020, ele começou a atrair clientes pela cidade, muitos deles por indicação. “Eu pensei: se alguns dos amigos do futebol vierem cortar o cabelo comigo, já está ótimo. Mas o que me surpreendeu foi que 95% dos meus clientes são pessoas que não conhecia antes.”
No início, ele buscou especialização e, com apenas dois meses de experiência, participou do Barber Academy, um dos cursos mais renomados do Brasil. “O instrutor se espantou quando soube que eu tinha começado há tão pouco tempo, mas disse que eu estava no caminho certo. Ali eu soube que tinha feito a escolha certa.”
Fábio continua atuando como barbeiro e já pensa em expandir seu negócio. “Trabalho sozinho e, às vezes, é puxado, mas a barbearia virou minha paixão. Quero continuar, quem sabe ter mais alguém na equipe no futuro. E o mais importante é que, mesmo sendo um trabalho que exige muito, vejo a flexibilidade como algo essencial.”
“Atender cada cliente é como enfrentar uma partida: um novo desafio, um compromisso sério,” ele reflete, já consolidado como um barbeiro de confiança em Ibirubá.

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