
Em uma entrevista para à Redação Integrada, a Comandante Nádia discutiu a importância da defesa dos direitos das mulheres e sua iniciativa pioneira, a “Patrulha Maria da Penha”. Como a primeira mulher a liderar um Batalhão de Polícia no Rio Grande do Sul, a Comandante Nadja tem sido uma defensora da causa da segurança e empoderamento das mulheres.
A Comandante Nádia compartilhou: “Comecei minha carreira como professora de língua portuguesa em 1988 e entrei para a Brigada Militar. Ao longo dos anos, subi na hierarquia até me tornar a primeira mulher a comandar um Batalhão de Polícia em nosso estado. Isso foi uma grande honra e responsabilidade.” Enquanto outros estados já tinham mulheres comandando batalhões, o Rio Grande do Sul ainda não havia alcançado esse marco.
Uma de suas contribuições notáveis é o estabelecimento da “Patrulha Maria da Penha”, uma ferramenta crucial no combate à violência doméstica. A iniciativa começou em Estrela e rapidamente espalhou seu impacto positivo. “A Patrulha Maria da Penha não lida com casos de emergência; ela se concentra em ações restaurativas após os incidentes ocorrerem. Somente em seu primeiro ano, ela auxiliou mais de 1.500 vítimas e levou à prisão de mais de 40 agressores”, revelou a Comandante Nádia.
A Comandante enfatizou que o sucesso da Patrulha reside em sua abordagem preventiva. “Precisamos empoderar as mulheres com informações sobre seus direitos antes mesmo delas entrarem em contato com a polícia”, afirmou. O sucesso abrangente dessa iniciativa é evidente, já que a Comandante Nádia implementou a Patrulha Maria da Penha em todos os estados brasileiros, recebendo até convites para introduzi-la em outras regiões, como o estado do Amapá.
Durante sua visita a Ibirubá, a Comandante Nádia expressou sua satisfação ao ver a colaboração de entidades locais na conscientização contra a violência doméstica. Ela reconheceu os esforços positivos dos poderes legislativo e executivo, escolas, ONGs e agências de aplicação da lei, todos se unindo para combater essa questão urgente. “Cada passo dado hoje é um passo mais próximo de erradicar esse crime medieval que não deve ter lugar em nossa sociedade”, afirmou.
Ela também discutiu a importância de complementar a assistência policial com políticas públicas abrangentes. Ela ressaltou que, embora a Brigada Militar muitas vezes sirva como primeiro ponto de contato para vítimas, elas devem ser direcionadas a instituições que oferecem assistência jurídica, cuidados de saúde e outros tipos de apoio necessários.
Ela conclui afirmando “Minha visão é de um mundo onde as mulheres possam viver sem medo e com igualdade de direitos. Nós, como sociedade, devemos continuar a lutar por isso e garantir que todas as vozes sejam ouvidas e protegidas.” Finalizou