Energias renováveis vêm de fontes naturais e são uma boa alternativa ao uso de combustíveis fósseis (aqueles derivados do petróleo), pois se regeneram ao longo do tempo. Elas também emitem menos poluentes, como o dióxido de carbono, um dos gases responsáveis pelo efeito estufa. — Produzir cada vez mais energias renováveis e abandonar as fontes convencionais é uma necessidade compartilhada por todos os países do mundo — destaca o professor Juliano Ratke, coordenador do curso técnico em eletrotécnica do IFRS Campus Ibirubá. Hoje, há seis principais fontes de energia renováveis: solar, eólica, hidrelétrica, biomassa, marinha e geotérmica.
O Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2023, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética, revela qual a distribuição dessas formas de geração de energia no Brasil. Os dados de 2022 apontam que 53,2% da geração de energia do Brasil vem de fontes hidrelétricas, 21,4% de fontes termoelétricas, 11,8% energia solar, 11,5% energia eólica e 1% energia nuclear. Ou seja, mais de 77% da energia consumida no Brasil vem de fontes renováveis.
Na região do Alto Jacuí, praticamente 100% da energia vem de fontes renováveis: hidrelétrica e solar. O IFRS Campus Ibirubá instalou uma usina fotovoltaica em 2023, como parte de um projeto maior coordenado pela reitoria do IFRS. Esse sistema fez com que o campus diminuísse quase pela metade os gastos com energia elétrica.
Energias renováveis exigem profissionais qualificados
O processo de produção e transmissão de energia exige muitos profissionais qualificados para elaborar e implementar projetos de diferentes tamanhos, desde uma usina fotovoltaica para suprir a demanda de uma casa até uma usina hidrelétrica capaz de gerar energia para milhares de pessoas. Os profissionais formados pelo curso técnico em eletrotécnica subsequente do IFRS Campus Ibirubá saem com o conhecimento necessário para colocar em prática esses projetos.
O professor Luciano Bonato Baldissera, responsável pela disciplina de fontes energéticas alternativas no curso de eletrotécnica, enfatiza que a falta de profissionais para suprir a demanda na região impacta em maiores salários. — O que nós temos percebido nos últimos anos é uma elevação nos valores pagos a esses técnicos, primeiramente pelo aumento da demanda desse tipo de profissional em função das novas fontes energéticas, novas tecnologias e tudo o mais e também pela escassez porque não há uma oferta muito grande desses profissionais nos últimos anos — ressalta Luciano.
O curso técnico em eletrotécnica subsequente abre inscrições para o processo seletivo no mês de outubro e a prova de seleção acontece no início de dezembro. Quem tiver interesse, pode conferir mais informações na página do curso.
Informações: IFRS IBIRUBÁ