
A LDO 2026 segue para tramitação e apreciação na Câmara, antecedendo a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA), prevista para o fim do ano.
A Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de Vereadores de Ibirubá apresentou, na tarde de segunda-feira (6), em audiência pública, o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026. A explanação foi conduzida pelo presidente da comissão, vereador Eduardo Artmann (PL), acompanhado da secretária da comissão, vereadora Gesmari Jandrey (Progressistas). O encontro destacou as previsões de receita, despesas e distribuição dos recursos entre as secretarias municipais, apontando um crescimento médio de 8,12% em relação ao orçamento de 2025.
Segundo o relatório apresentado, o orçamento total projetado para 2026 é de R$ 178,16 milhões, dos quais R$ 144,66 milhões destinam-se ao Poder Executivo, R$ 5,29 milhões ao Legislativo e R$ 28,2 milhões ao Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). A estimativa de crescimento da receita é sustentada por tributos como ICMS, FPM e Fundeb, que juntos representam a maior parte das receitas municipais.
Entre as principais fontes, o ICMS deve alcançar R$ 38,5 milhões, o FPM cerca de R$ 38 milhões e o Fundeb R$ 19,3 milhões. Também se destacam o IPVA, com projeção de R$ 8,47 milhões, e o IPTU, que deve render R$ 5,07 milhões, apontando crescimento médio de 6,99% em relação a 2025. A receita total estimada para o período é de R$ 149,96 milhões, com variação de 2,72% frente ao exercício anterior.
Na composição das despesas, a maior parte é direcionada para pessoal e encargos sociais, que somam R$ 64,29 milhões (+9,74%), seguidos por outras despesas correntes, com R$ 72,75 milhões (+1,73%), e investimentos, que chegam a R$ 8,51 milhões, um crescimento expressivo de 28,87%. O total de despesas projetado para o próximo exercício é de R$ 149,96 milhões, indicando um aumento geral de 8,83% sobre 2025.
A Secretaria da Saúde passa a liderar as projeções para 2026, ultrapassando a Educação. O setor contará com R$ 44,6 milhões, crescimento de 8,56%, refletindo a prioridade da administração na ampliação de atendimentos e manutenção da rede básica. Em seguida aparece a Secretaria de Educação, Cultura, Turismo e Desporto, com R$ 44,47 milhões (+7,90%). Juntas, as duas áreas concentram mais de 59% do orçamento do Executivo. A Secretaria de Obras e Viação terá R$ 14,98 milhões (+8,03%), a Secretaria de Desenvolvimento Econômico terá R$ 9,81 milhões e a Secretaria de Administração e Planejamento contará com R$ 7,09 milhões.
As pastas de Trabalho, Assistência Social e Habitação e Fazenda também apresentaram variações positivas, com R$ 7,18 milhões (+8,47%) e R$ 4,33 milhões (+10,45%), respectivamente. Já a Câmara de Vereadores, que integra o Poder Legislativo, terá dotação de R$ 5,29 milhões, e o Gabinete do Prefeito e Vice de R$ 3,57 milhões.
Durante a apresentação, o vereador Eduardo Artmann (PL) destacou a importância da transparência na aplicação dos recursos públicos e o papel fiscalizador do Legislativo. “Nosso objetivo é que a comunidade compreenda como é feita a distribuição dos valores e quais são as prioridades para o próximo exercício. A LDO serve como guia para garantir que o orçamento atenda às reais demandas da população e mantenha o equilíbrio das contas públicas”, afirmou.
A vereadora Gesmari Jandrey (Progressistas) reforçou que a Comissão de Finanças e Orçamento busca assegurar uma análise criteriosa das contas. “A LDO é uma peça técnica, mas também política, porque define onde o município vai investir”, destacou