29 de julho, 2024 14h07m ESPECIAL COLONO E MOTORISTA por Redação Integrada Rádio Cidade de Ibirubá e Jornal O Alto Jacuí

As memórias de Carlos Ferraz

Carlinhos Cara Chata, apelido carinhoso de Carlos Ferraz, nasceu e foi criado na região da Linha Sapateiro

Se o cooperativismo, a indústria metal mecânica e produção agrícola são parte da nossa essência, transportar nossas riquezas não é algo secundário, aliás, é uma das partes mais importantes de toda a cadeia produtiva. Neste caderno especial do Colono e Motorista, contamos a história de Carlos Ferraz, o Carlinhos Cara Chata, um personagem que se destaca por suas histórias de vida e dedicação à estrada: Com mais de 40 anos de profissão, sua trajetória é marcada por determinação, paixão e solidariedade.
Carlinhos Cara Chata, apelido carinhoso de Carlos Ferraz, nasceu e foi criado na região de Linha Sapateiro, divisa com a Capela Fátima, interior de Ibirubá. Desde jovem, ele nutria uma paixão pelo mundo dos veículos. “Comecei dirigindo trator na lavoura, e ali já sonhava com a profissão de caminhoneiro”, relembra, com um sorriso no rosto.
A paixão pelos caminhões
Em 1984, Carlinhos comprou seu primeiro caminhão, um Mercedes-Benz carinhosamente apelidado de "Cara Chata". "Foi amor à primeira vista", conta. "Esse caminhão me acompanhou em muitas jornadas e é parte da minha história até hoje." Antes disso, ele havia trabalhado em diversas funções, desde a lavoura até uma olaria, onde puxava telhas aos 9 anos de idade.
Sua trajetória no transporte rodoviário teve um marco significativo quando começou a trabalhar para a Cotribá, cooperativa agrícola de Ibirubá, onde permaneceu por mais de 20 anos. "Transportar sementes era uma rotina intensa, mas muito gratificante. Trabalhei sem feriados, sem descanso, mas sempre com a alegria de estar fazendo o que amava", explica.
Os desafios e as alegrias da estrada
Viajar por estradas precárias e enfrentar a falta de infraestrutura foram alguns dos desafios que Carlinhos enfrentou ao longo dos anos. "Antigamente, não era fácil. Os postos de gasolina não tinham a estrutura de hoje. Tínhamos que nos virar para encontrar um lugar para descansar e fazer uma refeição", lembra. A solidariedade entre os caminhoneiros sempre foi fundamental. "Sempre podíamos contar com a ajuda dos colegas na estrada. Essa camaradagem é algo que nunca mudou."
Histórias marcantes
Uma das histórias que Carlinhos compartilha com carinho é sobre uma viagem ao Tocantins, onde transportou mudanças e ajudou a abrir o cerrado. "Foram cinco dias de viagem para ir e mais cinco para voltar. A estrada era difícil, mas a sensação de missão cumprida era recompensadora", diz, com orgulho. Outra lembrança marcante foi quando transportou sementes de cevada para uma cervejaria em um prazo apertado. "Trabalhamos dia e noite para cumprir o prazo de 20 mil sacos. Foi um desafio enorme, mas conseguimos."
A Evolução da Profissão
Carlinhos viu de perto a evolução da profissão de caminhoneiro. "Hoje, os caminhões são muito mais modernos e confortáveis. Meu filho, que também é caminhoneiro, me conta que alguns caminhões até te levam ao destino com comandos de voz", comenta, admirado.
Apesar das modernidades, Carlinhos mantém seu Mercedes "Cara Chata" ativo e em bom estado. "Ainda hoje, eu bato o arranque e ele sai trabalhando. Esse caminhão é parte de mim."
 

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