
Durante o programa Momento Estrela Guia, apresentado por Nilve Maldaner, a terapeuta Luísa Comim detalhou os benefícios da terapia com cavalos e como essa conexão com a natureza pode transformar vidas.
O cavalo não é apenas um símbolo de liberdade ou força. Para quem busca equilíbrio emocional, libertação de traumas e maior autoconhecimento, ele se torna também um agente natural de cura. Foi com esse olhar que a terapeuta Luísa Comim compartilhou suas experiências no programa Momento Estrela Guia, abordando de forma detalhada como funciona a ecoterapia, também conhecida como terapia assistida por cavalos, e seus efeitos transformadores.
Luísa explicou que a interação com os cavalos age muito além do contato físico. “O cavalo é um terapeuta nato. Ele percebe, sente e movimenta as energias de quem está ao seu redor. Ele não julga, apenas reage ao que vibra na nossa essência. Essa sensibilidade é uma ferramenta poderosa para desbloquear emoções que muitas vezes nem sabemos que carregamos”, explicou.
Em meio à natureza, o atendimento ocorre ao ar livre em um espaço especialmente preparado, chamado redondel — uma área circular sem pontas ou quinas, justamente para favorecer o fluxo energético. É ali que duas éguas treinadas para a terapia atuam diretamente na leitura do campo vibracional da pessoa atendida. “O cavalo tem um campo de energia muito superior ao do ser humano. A frequência cardíaca deles é cinco vezes maior e o campo vibracional seis vezes mais amplo. Eles conseguem perceber onde há bloqueios e vão, instintivamente, trabalhar para movimentar essas energias”, detalhou Luísa.
Muito além de sessões convencionais, a terapia com cavalos envolve aspectos energéticos, emocionais e até familiares. Luísa relatou que muitas vezes o cavalo manifesta comportamentos que sinalizam traumas da infância, bloqueios do inconsciente e padrões familiares que precisam ser transformados. “Não é raro o cavalo, por exemplo, correr em direção ao portão do redondel, como se estivesse ‘expulsando’ uma energia densa, limpando aquela carga do campo da pessoa”, disse.
A terapeuta destacou que a constelação familiar também ganha força quando associada aos cavalos, pois o animal consegue captar não só o estado atual do paciente, mas também informações ancestrais. Segundo ela, tudo que vivenciamos deixa registros em nosso campo energético, e o cavalo é capaz de acessar essas informações de forma espontânea, sem a interferência do julgamento ou da racionalização humana.
“Às vezes a pessoa está ali buscando equilíbrio em um ponto específico, mas o cavalo mostra algo muito mais profundo, algo que está enraizado, que precisa ser ressignificado”, explicou Luísa. Ela reforçou que, nesses momentos, o papel do terapeuta é servir como tradutor do que o animal expressa, ajudando a pessoa a compreender a origem do seu sofrimento ou desequilíbrio.
Outro ponto destacado foi o papel preventivo da terapia. Muitas pessoas procuram ajuda somente quando sintomas físicos aparecem, porém Luísa faz um alerta. “O corpo sempre fala. Antes da dor física, existem sinais no emocional, na energia, nos bloqueios do dia a dia. Quando aprendemos a olhar para dentro, não precisamos chegar ao extremo de uma doença para buscar ajuda”, comentou.
Além da ecoterapia, Luísa também trabalha com outras práticas integrativas. Entre elas, a leitura do campo vibracional, limpezas energéticas e atendimento em constelação. Ela reforçou que o processo terapêutico não substitui tratamentos médicos, mas atua de forma complementar, ajudando a restaurar o equilíbrio e prevenindo que pequenos desconfortos virem doenças.
Durante o Momento Estrela Guia, a terapeuta também alertou para a importância dos pais respeitarem a individualidade dos filhos. Segundo Luísa, muitos problemas emocionais na vida adulta se originam da superproteção vivida na infância. “É importante deixar o filho viver suas próprias experiências. A vida vai exigir força e, se a criança não aprende isso cedo, lá na frente o sofrimento será maior”, explicou.
Ao ser questionada sobre sua experiência pessoal, Luísa compartilhou casos emocionantes de transformação através da ecoterapia, destacando que até questões físicas podem apresentar melhora quando o campo energético é tratado. “Temos muitos casos de pessoas que sofriam dores persistentes, que não encontravam respostas em exames médicos, e com a ecoterapia conseguiram alívio e cura através da liberação emocional e energética”, pontuou.
Ela também explicou que o trabalho com cavalos atua diretamente no reequilíbrio das polaridades internas — energia masculina e feminina — ajudando na integração emocional e no fortalecimento pessoal. “Quando equilibramos nossa relação interna com o masculino e o feminino, conseguimos nos estruturar melhor diante da vida, sentimos mais força e mais clareza”, relatou.
Como mensagem final, Luísa reforçou que cada ser humano é único e que a verdadeira transformação acontece quando cada um olha para dentro e assume a responsabilidade por sua própria vida.
“Tudo está dentro de nós. O cavalo apenas reflete aquilo que carregamos em nossa essência. O processo de cura começa quando aceitamos olhar para nós mesmos”, concluiu.