
Diretoria confirma MoU, projeta pagamento dos saldos em até 180 dias e assegura que o controle seguirá nas mãos dos cooperados.
A Cotribá anunciou um passo considerado determinante para sua reestruturação financeira ao confirmar a aprovação, por unanimidade do Conselho de Administração, do MoU — Memorandum of Understanding, pré-contrato que estabelece a entrada de um fundo internacional de investimentos como parceiro estratégico. Conforme divulgado em comunicado no dia 14 de novembro, a assinatura dos documentos definitivos deve ocorrer em até 60 dias, abrindo a fase de execução do plano que pretende reorganizar completamente as contas e garantir estabilidade operacional.
Entre os pontos centrais apresentados no comunicado oficial, está o fim da asfixia financeira, com quitação completa e ordenada das dívidas da cooperativa. O plano prevê ainda uma injeção imediata de recursos, destinada ao capital de giro, garantindo o funcionamento diário das operações.
Um dos pilares mais aguardados pelos associados é o pagamento dos saldos em aberto aos produtores, fornecedores e mercado financeiro, processo que começará logo após a assinatura dos documentos finais. A expectativa é de que toda a dívida seja liquidada em até 180 dias, devolvendo previsibilidade e confiança ao quadro social.
A Cotribá também frisou que o acordo mantém intacto o controle cooperativo. A reorganização será feita por meio de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), garantindo que o controle majoritário permaneça com a própria cooperativa. Outro ponto importante é a preservação do patrimônio produtivo: o plano não prevê venda de ativos operacionais, mantendo a capacidade produtiva e a estrutura que sustenta o trabalho no campo.
No comunicado, a cooperativa reforça que o sucesso desse processo depende da união entre associados, colaboradores e parceiros. A governança cooperativa será mantida, e a retomada só será sustentável se houver participação e confiança mútua ao longo da transição.
Ao finalizar, a Cotribá afirma que a reorganização financeira permitirá iniciar um novo ciclo de crescimento, com foco na estabilidade e no fortalecimento do produtor rural.
No ambiente das redes sociais, a repercussão entre agricultores e cooperados mesclou esperança e expectativa por responsabilidade. Entre as manifestações, uma fala chamou atenção por traduzir o sentimento geral:
“Que Deus abençoe e que consigam se reerguer e voltar mais fortes… Nosso agro é nosso tesouro... Nossas regiões dependem dele e as cooperativas são grandes pilares de impulsionamento ao produtor e ao campo. Mas que seja feita uma gestão justa, profissional e transparente, que todos os produtores consigam acompanhar e auditar.”
A reação reforça que o anúncio foi bem recebido, mas também que os associados esperam rigor na condução dessa nova etapa da cooperativa.





















