A eleição realizada nos dias 20 e 21 de janeiro confirmou a permanência da atual diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, com Leonir Fior reeleito presidente por mais quatro anos, em um pleito que registrou ampla aprovação dos associados.
O STR segue sob a liderança de Leonir Fior após a votação que garantiu sua reeleição com 290 votos dos 292 contabilizados. Para ele, esse resultado reflete a confiança dos produtores na gestão e reforça o compromisso da diretoria com as necessidades da agricultura familiar. "Nossa missão é defender os interesses dos agricultores e garantir que a voz do setor seja ouvida. Vamos continuar atuando de forma transparente e comprometida", afirmou Fior.
A nova diretoria passou por algumas alterações, especialmente no conselho fiscal e na secretaria. Rosana Cristini Iora assume como 1ª secretária e Fernanda Kogler ocupa a vice-secretaria. Ingo Ahlert segue como 1º tesoureiro e Roselia de Fátima Dias Gomes entra como 2ª tesoureira. O conselho fiscal efetivo é composto por Marisa Ines Berger Bock, Anderson Gabriel Quandt e Darci Dalmolin, enquanto os suplentes são Marcelo Schmidt, Simone Raquel Giongo Gewehr e Egidio Galli.
Desafios da agricultura familiar
A reeleição acontece em um momento de dificuldades para a agricultura familiar, que enfrenta desafios como endividamento crescente, alto custo de insumos e falta de incentivo governamental. "Estamos indo para a quarta frustração de safra consecutiva. O agricultor tem trabalhado praticamente sem colocar dinheiro no bolso, apenas cobrindo custos e, em alguns casos, nem isso. Precisamos de políticas públicas que nos apoiem", alertou Fior.
A diretoria reeleita pretende ampliar as ações de planejamento estratégico, buscando soluções para a permanência dos jovens no campo. "O êxodo rural é uma realidade preocupante. Se não criarmos condições para que os jovens permaneçam no campo, a agricultura familiar estará ameaçada", afirmou o presidente. Entre as propostas estão incentivos à inovação tecnológica, ampliação do acesso à internet rural e cursos para modernizar a produção agrícola.
Produção de milho e soja
A safra de milho trouxe resultados variados. Quem plantou cedo colheu entre 120 e 150 sacas por hectare, enquanto os que optaram pelo plantio tardio enfrentaram perdas devido à falta de chuvas. A soja também inspira preocupação. "O plantio do fim de outubro e início de novembro sofreu muito. Mesmo que chova agora, a produtividade já está comprometida", relatou Fior.
A irregularidade climática gerou alertas para pedidos de decreto de emergência em algumas regiões, incluindo Quinze de Novembro. Para Fior, a falta de políticas públicas agrava a situação dos agricultores. "Os produtores estão endividados e sem perspectivas. Precisamos de soluções eficazes para evitar que as pequenas propriedades desapareçam", enfatizou.
Engajamento e participação dos associados
A eleição registrou 292 votos entre os 751 associados aptos a votar. Para Fior, o comparecimento expressivo demonstra a valorização do sindicato. "Agradecemos cada associado que saiu de sua propriedade para votar. Isso mostra o reconhecimento pelo trabalho realizado e nos motiva a seguir com ainda mais determinação", declarou.
O vice-presidente Laerto Gaedicke também comentou a importância da participação dos produtores no sindicato. "Nossa entidade precisa da força de cada um para continuar representando os interesses do setor. Queremos envolver mais associados, principalmente os jovens, nesse movimento", disse Gaedicke.
Nos próximos dias, a nova diretoria se reunirá para oficializar a posse e definir o planejamento para os próximos anos. O objetivo é fortalecer ainda mais o sindicato como um representante legítimo da agricultura familiar, garantindo que os produtores tenham voz ativa na defesa de seus direitos e interesses.