Secretaria de Saúde de Ibirubá em um convênio com a Secretaria Estadual de Saúde redefine o controle de mosquitos do aedes aegypti com a instalação estratégica de 51 ovitrampas, abrangendo pontos cruciais do município e produzindo dados para um combate mais efetivo. Implementado desde o mês de novembro, a iniciativa já produziu dados preocupantes. De 19% dos 218 ovos do mosquito coletados conforme o mapa do Painel de Monitoramento do Aedes Aegypti através das ovitrampas tinham a presença do vírus causador da dengue (ver gráfico)
Conforme dados fornecidos pela Coordenação de Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde, as ovetrampas são instaladas em pontos pré-definidos, utilizando coordenadas específicas para garantir uma cobertura eficiente. A estratégia envolve a colocação das armadilhas ao redor de residências, em terrenos e pontos específicos, com um intervalo médio de 250 a 300 metros entre elas.
O mapeamento é uma peça-chave na eficácia da estratégia. Ao analisar dados georreferenciados, a Vigilância identifica áreas com maior propensão à proliferação do Aedes aegypti, direcionando as ações de combate nos locais mais críticos. Essa abordagem proporciona uma visão detalhada da distribuição do mosquito, permitindo uma resposta mais precisa e direcionada.
Os agentes de endemias do município são responsáveis pela instalação das ovitrampas, seguindo as coordenadas pré-estabelecidas. Essa iniciativa não só representa um avanço na vigilância como também destaca Ibirubá como um exemplo da região de como a tecnologia e a estratégia podem se unir para enfrentar desafios em saúde pública. Dentro da abrangência da 9ª Coordenadoria de Saúde do Estado com sede em Cruz Alta, Ibirubá é o único município que possui este monitoramento. Mas o que é OVITAMPA? Segundo a agente de endemias de Ibirubá, em resumo, consiste em um vaso de planta sem furo e uma palheta de eucatex, onde é colocado levedo de cerveja afim de atrair a fêmea do mosquito a depositar os ovos no local (ovoposição). A equipe retorna em cinco dias para recolher a armadilha e levá-la ao laboratório para fazer a contagem dos ovos. “As ovitrampas simulam um criadouro de Aedes aegypti. A partir delas, podemos calcular a densidade da população do mosquito naquele município e quais os locais de maior proliferação.