18 de Abril, 2022 22h04mNotícias Gerais

A comunicação presente no ramo funerário

Jornalista Jair Farias Junior que atua no SESF-RS  é um dos três jornalistas especialistas na área e conta como é atuar neste ramo 

A comunicação é um dos campos mais versáteis e de possibilidades de atuação. A cada dia se abrem mais possibilidades, especialidades . No dia 7 de abril, foi comemorado o Dia do Jornalista.

Um profissional que possui a responsabilidade de ser a ponte entre um fato e o público. Tarefa que parece fácil, tendo em vista os inúmeros jornalistas que surgem todos os dias, mas que exige muito mais empenho do que se imagina. 

O jornalista Jair Farias Junior é um daqueles jornalistas que não se encontra todos os dias. Ele é um dos únicos do Brasil que atua no ramo funerário, como editor chefe do informativo do Sindicato dos Estabelecimentos Funerários do Rio Grande do Sul.

O contato com o ramo funerário surgiu no final dos anos 90, quando seu pai tinha uma editora e trabalhava com a produção independente de materiais para entidades representativas. 

Quando iniciou no SESF-RS, o primeiro trabalho foi desenvolver um informativo, uma revista periódica que é produzida até hoje, sendo um dos únicos sindicatos a possuírem um informativo periódico que circula há mais de 20 anos. Jair está entre os três únicos jornalistas especializados nessa área.

Procuramos abastecer o setor com as novidades, com o que é novo. É um segmento que é denso, que possui suas particularidades, linguagem própria, requer estudo, experiência. Mas conseguimos colaborar e desenvolver outros produtos para o setor em conjunto com a diretoria”, explicou. Formado em jornalismo pelo Centro Universitário Metodista - IPA, em 2015, desde então Jair mergulhou no cotidiano do sindicato, para que assim conseguisse produzir um conteúdo genuíno, que realmente representasse a categoria.

Mudanças na produção de conteúdo 

A principal mudança que ele notou que os conteúdos sofreram ao longo dos anos foi a adequação de linguagem. Gremista assumido, Jair observa como o cenário de atuação dos jornalistas se encontra. Ele destaca que não é problema um jornalista opinar, tanto que existe uma vertente que é o jornalismo opinativo, mas que tudo existe dentro de um limite.

“Hoje os jornalistas assumiram seu clube, por exemplo, é algo positivo. Mas não se deve perder a forma de produzir o conteúdo jornalístico, a militância pode ser um perigo”, observa. Jair lembra que independente das escolhas ideológicas, que estão mais presentes principalmente no campo político, é necessário respeitar o 'modus operandi’ da profissão, uma forma fundamental para recuperação da credibilidade. 

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Trabalhar os conteúdos e informações a partir de uma comunicação multidirecional, é o caminho que Jair acredita que o jornalismo deva seguir. Ele lembra que a SESF-RS trabalha com grupos de WhatsApp, newsletters, informativos, site, redes sociais, diferentes plataformas para que o conteúdo chegue até o seu público.

O objetivo para o futuro é que seja implementada a TV do Sindicato, que assim feito será o único sindicato do setor com uma programação televisiva. “Percebemos que os outros sindicatos dão um passo atrás na comunicação, porque muitas vezes acham supérfluo, não enxergam a importância. Mas na verdade a comunicação deve ser profissionalizada para que o sindicato represente bem a categoria”, observou.  Por ter uma visão oposta e investir na comunicação com o seu público, o sindicato funerário é referência das práticas sindicais, justamente por comunicar o que é feito, a oferta de novos produtos e principalmente, a adequação ao público e as novidades apresentadas no setor. 

Desafios da Pandemia 

Durante a Pandemia, o segmento funerário teve uma forte atuação. Nos piores momentos, como observa Jair, conseguiu atender de forma plena, com assistência, sem correr o risco de colapsar. “Esse bom desempenho foi graças a profissionalização, estrutura que o segmento possui. Mesmo com uma demanda alta, suportou e mostrou sua estrutura profissional, afastou uma imagem ruim que se tinha no passado”, destacou Jair.

Ele lembra que nos picos da Pandemia, quando em alguns lugares do país o sistema funerário ficou sobrecarregado, foram inúmeros os contatos da imprensa solicitando informações sobre como o setor se encontrava, o que reforçou a importância de um setor de comunicação bem preparado.

Pós-graduado em Comunicação e Inovação e Comunicação Pública, Jair não se arrepende de ter escolhido a profissão e fala com orgulho da área em que trabalha. “Brinco que não escolhi ser rico, escolhi ser feliz, me traz satisfação, emoção. Temos que selecionar bem nossas fontes, produzir bem, adequar a linguagem, quebrar paradigmas”, finalizou. 

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