17 de Março, 2025 09h03mDIA DE CAMPO por Jardel Schemmer- Repórter Rádio Cidade 104.9

Fertilizantes organominerais revolucionam o campo: Dia de Campo na Fazenda Domingas destaca inovação e sustentabilidade

Artemio Stefanelo Ciprandi é um dos pioneiros na implementação da agricultura regenerativa na região.

Artemio mostra os resultados na área de 800 hectares
Artemio mostra os resultados na área de 800 hectares

A busca por soluções sustentáveis e eficientes tem transformado o agronegócio, e a agricultura regenerativa se apresenta como uma das principais alternativas para produtores que desejam melhorar a produtividade sem comprometer a saúde do solo. Essa foi a temática central do Dia de Campo na Fazenda Domingas, realizado na terça-feira (11) na ERS 510 em Cruz Alta, um evento que reuniu agricultores, engenheiros agrônomos, pesquisadores e especialistas do setor para debater os avanços e benefícios dos fertilizantes organominerais.
Anfitrião do evento, o produtor Artemio Ciprandi, é um dos pioneiros na adoção dessa tecnologia na região. Há quatro anos, ele implementou o uso de fertilizantes organominerais da Meregefert em suas lavouras de soja, enfrentando desafios climáticos extremos, como estiagens prolongadas e chuvas torrenciais. Mesmo diante dessas dificuldades, os resultados têm sido promissores, com melhorias significativas na retenção de umidade, estrutura do solo e produtividade da lavoura.

"Nosso objetivo com esse Dia de Campo foi compartilhar conhecimento e mostrar que há alternativas viáveis para melhorar o manejo do solo. Muita gente ainda resiste a mudanças, mas estamos provando que a agricultura regenerativa pode trazer benefícios tanto econômicos quanto ambientais", destacou Ciprandi.

A Meregefert, empresa referência na produção de fertilizantes organominerais, esteve presente no evento com seu diretor técnico, o engenheiro agrônomo Thiago Ranzan, e o diretor executivo Vinícius Merege Pereira. Ambos reforçaram a importância de um manejo agrícola que considere não apenas os aspectos químicos, mas também os componentes físicos e biológicos do solo.

"O tripé da fertilidade do solo envolve a química, a física e a biologia. Por muito tempo, os fertilizantes convencionais se concentraram apenas na nutrição química das plantas, mas sabemos que sem uma microbiologia ativa e um solo bem estruturado, a absorção de nutrientes é ineficiente. Nosso trabalho é oferecer soluções que revitalizam o solo, promovem maior sanidade das plantas e garantem uma produção mais sustentável", explicou Thiago Ranzan.
O engenheiro agrônomo destacou ainda que o uso contínuo de fertilizantes químicos pode comprometer a estrutura do solo a longo prazo.

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"Quando utilizamos apenas fertilizantes sintéticos, estamos alimentando a planta, mas não estamos cuidando do solo. A tendência é a compactação, a perda de biodiversidade microbiana e a dificuldade crescente de absorção de nutrientes. O fertilizante organomineral atua de forma diferente: ele melhora a estrutura física, ativa microrganismos benéficos e promove a retenção de umidade, garantindo um ambiente mais equilibrado para o crescimento das plantas", detalhou Ranzan.

Os fertilizantes organominerais da Meregefert são desenvolvidos a partir de matéria orgânica combinada com nutrientes essenciais, resultando em produtos de alta eficiência agronômica. Além de melhorar a retenção de umidade no solo, eles reduzem a necessidade de adubos químicos tradicionais, minimizando impactos ambientais e otimizando os custos de produção.
"O solo precisa de um manejo equilibrado. Hoje, há muito investimento em fósforo e potássio ao longo dos anos, mas a maior parte dos agricultores não consegue aproveitar esse investimento porque o solo está degradado. Com os organominerais, conseguimos reativar a biologia do solo e recuperar nutrientes que já estão ali, 
mas não estão acessíveis às plantas", explicou Vinícius Merege Pereira, diretor da empresa.
Outro aspecto fundamental abordado no evento foi a capacidade dos fertilizantes organominerais de mitigar os impactos das variações climáticas. Segundo Ranzan, a retenção de umidade proporcionada pela matéria orgânica é um dos principais fatores que garantem a resiliência das lavouras diante de períodos de seca. "A matéria orgânica funciona como uma esponja, absorvendo e liberando água de maneira gradual para a planta. Em anos de estiagem, essa característica faz toda a diferença, pois permite que a lavoura resista por mais tempo sem sofrer grandes perdas", explicou.
O evento proporcionou uma oportunidade única para os participantes observarem na prática os efeitos do manejo regenerativo nas lavouras. Durante as visitas às áreas cultivadas, foram feitas comparações entre lavouras tratadas com fertilizantes convencionais e aquelas onde a abordagem organomineral foi aplicada de forma contínua ao longo dos anos.

Os resultados impressionaram os produtores presentes, que puderam notar a diferença na estrutura do solo, na coloração das plantas e no desenvolvimento radicular.

Artemio Ciprandi, anfitrião do evento, explicou que a escolha pelos fertilizantes organominerais veio após enfrentar dificuldades com lavouras desgastadas e uma baixa eficiência da adubação convencional. "Antes, mesmo aplicando altas doses de fertilizantes químicos, não víamos uma resposta satisfatória no crescimento das plantas. Hoje, com os organominerais, notamos que a planta tem mais vigor, uma raiz mais profunda e um desenvolvimento mais uniforme. Além disso, conseguimos reduzir os custos de insumos sem comprometer a produtividade", afirmou.
Outro destaque do encontro foi a discussão sobre os impactos financeiros do uso de fertilizantes organominerais. Além de melhorar a produtividade, essa técnica permite uma redução considerável nos custos de produção. Segundo Ciprandi, a adoção dos produtos da Meregefert resultou em um aumento de quatro a cinco sacas por hectare mesmo em anos de estiagem, comprovando a eficiência da tecnologia.
"Quando começamos a usar o organomineral, fizemos um teste em parte da área, e os resultados foram claros: mesmo em condições climáticas adversas, a produtividade foi maior. Isso nos deu confiança para expandir o uso para toda a propriedade, e os benefícios só aumentaram", afirmou Ciprandi.
O Dia de Campo na Fazenda Domingas também contou com a participação de técnicos de diferentes empresas do setor agrícola, que acompanharam de perto as apresentações sobre práticas sustentáveis e biotecnologia aplicada ao solo. Durante as conversas, foi ressaltado que a agricultura regenerativa não se trata apenas de substituir fertilizantes, mas de adotar um novo modelo de manejo que respeite os ciclos naturais do solo e busque o máximo aproveitamento dos recursos disponíveis.
"O futuro da agricultura está na adoção de práticas sustentáveis e eficientes. O uso de fertilizantes organominerais, aliado a boas práticas de manejo, pode trazer resultados extraordinários para os produtores. A resistência à mudança é natural, mas os resultados falam por si. Quanto mais cedo o agricultor adotar essas tecnologias, melhor será para a sua produtividade e para o meio ambiente", concluiu Vinícius Merege Pereira.
Com o crescente interesse dos produtores pela agricultura regenerativa, a expectativa é que mais agricultores da região passem a adotar essa abordagem, contribuindo para um setor agropecuário mais eficiente e sustentável. 

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