01 de Setembro, 2023 15h09mAgosto Lilás por Cristiano Lopes

Palestra com a Deputada Estadual Delegada Nadine finaliza atividades do Agosto Lilás

Uma palestra realizada na manhã de ontem na Casa da Cultura Osvaldo Krammes marcou o encerramento da programação do Agosto Lilás no município de Ibirubá

Segundo dados da Secretaria de Segurança uma mulher é agredida a cada 22 minutos no estado
Segundo dados da Secretaria de Segurança uma mulher é agredida a cada 22 minutos no estado

Uma palestra realizada na manhã de ontem na  Casa da Cultura Osvaldo Krammes marcou o encerramento da programação do Agosto Lilás no município de Ibirubá

Além da palestra no dia 25 teve uma caminhada pelas principais ruas do município com a participação da Comandante Nádia, idealizadora e criadora da Patrulha Maria da Penha e tudo começou com uma capacitação da rede municipal realizada no dia 9 de Agosto na Câmara de Vereadores


A discussão é mais que necessária visto que no Rio Grande do Sul uma mulher sofre violência a cada 22 minutos. No estado, 106 mulheres acabaram assassinadas pelo simples fato de serem mulheres. A taxa de feminicídios no estado (1,8 por 100 mil habitantes) é a sexta maior do país. A média nacional é de 1,3.


Conversamos com a deputada delegada Nadine Fari Zanflor, uma figura ativa na defesa dos direitos das mulheres e no combate à violência de gênero, que foi palestrante ontem em Ibirubá. Ela expressou seu pesar pelo ocorrido no mesmo dia com um policial militar que perdeu a vida no estado quando estava fazendo o atendimento de uma ocorrência de violência doméstica e ressaltou a tristeza de famílias que sofrem com esse mal. “É muito triste saber que o Brasil é o quinto país do mundo em que as mulheres mais sofrem violência. A gente precisa fazer algo. A gente sabe que o Estado do Rio Grande do Sul tem feito, mas não é o suficiente”, disse a deputada.


Sobre as medidas necessárias para combater efetivamente esse problema, a deputada destaca a importância da educação, diálogo e mudança de comportamento. “Os homens precisam entender que não é legal, que não pode, que é crime e que tem que efetivamente mudar. É possível sim ressocializar, é possível sim fazer com que eles compreendam que não é mais aceitável”, afirma Nadine.


Nadine também reforça a importância de políticas públicas efetivas e da participação tanto de homens quanto de mulheres nesse processo de conscientização e mudança. “Parabéns aos homens e mulheres que estão aí batalhando por um mundo mais igual, mais paritário, que a gente tenha igualdade e oportunidades para que homens e mulheres estejam onde eles quiserem”, enfatiza.

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Em sua palestra, Nadine faz um apelo pela educação e mudança cultural como ferramentas essenciais para combater o problema em sua raiz. Ela destaca a importância de romper com o ciclo da violência, especialmente através da conscientização dos jovens, preparando-os para construir relacionamentos saudáveis no futuro.
Além disso, a deputada abordou a necessidade de ressocialização dos agressores, destacando a importância de grupos reflexivos para homens que perpetuam a violência. Ela enfatiza que é possível transformar comportamentos e reduzir os índices de violência doméstica através da educação e da conscientização.

Como foram as outras atividades do Agosto Lilás

8 de Agosto - Lançamento 
O evento aconteceu na Câmara de Vereadores de Ibirubá na terça-feira, 8 de agosto, começando às 8h30. Foi um encontro com diversos participantes comprometidos com a causa. Tiveram o Delegado de Polícia de Ibirubá, Márcio Marodim, o Defensor Público de Ibirubá, Sr. Vítor Hugo Almeida Machado, a Delegada Diná Arold, Prefeito Municipal Abel Grave, Presidente da Câmara de Vereadores, Zalo Bueno Gomes da Silva, a Procuradora da Procuradoria da Mulher, vereadora Jaqueline Brignoni Winsch, e mais vereadores, secretários, agentes de saúde, professores e toda a comunidade.
 

25 de Agosto - Caminhada do Agosto Lilás
A caminhada foi pelas ruas General Osório, Sete de Setembro, Rua do Comércio e Getúlio Vargas, todas enfeitadas de lilás com balões, cartazes e mensagens que dizem não pra qualquer tipo de violência. A Comandante Nádia trouxe uma mensagem firme: quando tiver violência doméstica, pode sim meter a colher. Se a gente ver ou ficar sabendo de violência de qualquer tipo, seja física, psicológica, em família, é nosso dever denunciar. A voz da galera é forte nessa luta contra a violência, e cada um tem um papel importante nisso.
 

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