Selbach revelou um talento excepcional da bola: Tcherlo Maldaner. Em apenas um ano ele acumulou 23 finais de campeonatos, ganhando 18 títulos. Prêmios individuais são mais de 90. Ele contou sua história no quadro Baú do Esporte na Rádio Cidade.
Nascido em Selbach o filho do Gervásio e Margarida Maldaner, irmão de Charles e Rochede, Tcherlo se destacou desde jovem, mostrando sua paixão pelo esporte e sua intimidade com o futebol. Quando adolescente não era considerado craque e tampouco lembra de atuações importantes. Tudo começou em 2012, no Vila Nova de Ibirubá. De lá para cá a carreira como meia-atacante no campo e ala-pivô no futsal acumulou finais, títulos e muitos gols.
Na entrevista Tcherlo destacou momentos memoráveis, incluindo uma incrível jornada de quatro partidas em um único dia, envolvendo tanto o futsal quanto o campo. Essa proeza ressalta não apenas sua habilidade técnica, mas também seu preparo físico e mental para adaptar-se a diferentes desafios. Essas características podem ter sido moldadas nos anos que esteve no exército. E foi lá que ele ganhou reconhecimento jogando em times militares que deram ao atleta selbachense a oportunidade de jogar em outros estados e enfrentar nos campos diversos atletas que se destacaram em times nacionais. Tcherlo foi convocado para a Seleção Brasileira do Exército. Entre as lembranças mais marcantes ele cita a passagem pelo profissional, onde enfrentou equipes renomadas como Gama e Brasiliense, cruzando o caminho de jogadores de destaque como Souza e Lúcio. Em uma partida contra o Gama, a tensão atingiu seu ápice quando a torcida adversária tentou invadir o vestiário, criando uma situação tensa e perigosa para os jogadores.
Apesar de não ter conquistado títulos em Ibirubá, nos campeonatos que participou, depois de sua primeira atuação no Vila Nova, Tcherlo passou por diferentes times, sempre construíndo uma relação sólida de amigos e admiradores. Ele comentou a qualidade dos jogadores e técnicos com quem teve a oportunidade de trabalhar. Sua jornada também o levou a Paracatu, onde teve a chance de se relacionar com jogadores de diferentes origens e níveis de experiência, incluindo um atleta que fez base no Milan. A disciplina adquirida no quartel, somada ao talento natural para o esporte, moldou uma carreira de sucesso. Aos 32 anos, nunca teve uma lesão e revela que come e bebe uma cervejinha normalmente, sem restrições de dieta. Quanto aos detalhes financeiros, Tcherlo admitiu que o futebol, além de ser uma paixão, também se tornou uma fonte de renda. Com disciplina financeira, ele estabeleceu metas mensais, permitindo-lhe realizar sonhos como a aquisição de um terreno para construir sua casa. O maior orgulho? Vestir a camisa da SASE de Selbach, o time de futsal da sua comunidade.