30 de setembro, 2024 09h09m Agronegócio

Agricultores de Linha Duas, interior de Ibirubá, seguem apostando na canola

casal de agricultores que aumentaram o plantio de canola relatam o quão é promissora a cultura da oleaginosa

No interior de Ibirubá, a família Fredrich vem se destacando no cultivo da canola, uma oleaginosa que se tornou parte importante de sua rotina agrícola. Vânia Carolina Grave Fredrich, de 46 anos, e seu marido Dirceu Fredrich, de 50 anos, têm incentivado seus filhos, Verônica (16 anos) e Vitória (11 anos), a aprender sobre a agricultura sustentável. Eles residem em Linha Duas,juntamente com a matriarca da família, Wally Grave, de 87 anos.

Vânia compartilha que a família Fredrich iniciou o cultivo de canola em 2023, obtendo resultados positivos em 12 hectares dessa cultura. “Conseguimos um preço de R$ 120,50 a saca, o que nos proporcionou um lucro líquido significativo. Diante desse bom rendimento e da estratégia de rotação de culturas, decidimos expandir a área para 28 hectares neste ano”, revela Vânia. Essa prática de rotação é fundamental para garantir uma produção saudável e sustentável, permitindo que o solo se recupere e melhore a qualidade das colheitas futuras.
Com a safra de 2024 se aproximando, a expectativa é alta, mas Vânia destaca que o preço da canola está diretamente relacionado ao valor da soja. “Infelizmente, com a queda dos preços da soja, o valor da canola também sofreu uma diminuição. Para esta safra, estabelecemos um preço estimado de R$ 110,00 a saca”, explica a agricultora.
Além de ser uma cultura financeiramente vantajosa, a canola oferece uma série de benefícios agronômicos. “Optamos pelo plantio de canola para promover a rotação de culturas e facilitar o controle de plantas invasoras, como o azevém. A canola é semeada antes do trigo e colhida antes dele, permitindo a liberação da área para o plantio de soja de forma mais antecipada”, afirma Vânia. Ela complementa que as flores da canola atraem abelhas, desempenhando um papel crucial na polinização e na produção de mel.
A comercialização da canola é realizada por meio de uma cooperativa local, onde a família adquire sementes, fertilizantes e defensivos. “Escolher uma boa cooperativa ou empresa parceira é essencial. Trabalhamos com a Cotrisoja, que nos proporciona assistência técnica desde o pré-plantio até a colheita, o que nos dá mais segurança nos manejos da lavoura”, ressalta Dirceu.
Por fim, Vânia compartilha um valioso conselho para os produtores que pretendem investir na canola: “É fundamental ter paciência e estar bem informado. A assistência técnica é imprescindível, e sempre devemos estar atentos às condições climáticas para garantir uma colheita bem-sucedida.”
A família Fredrich aguarda com otimismo o desenvolvimento da safra e espera que as condições climáticas continuem favoráveis, para que seus esforços se traduzam em mais um ano de resultados positivos. A indicação da família para essa reportagem é da Emater-Ascar de Ibirubá .

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