Em um cenário de dificuldades financeiras que afetam os municípios gaúchos, o prefeito de Ibirubá, Abel Grave, esteve em Brasília junto a outros gestores municipais para participar de uma marcha organizada pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS). O objetivo do encontro foi discutir a queda significativa na arrecadação do ICMS, que já ultrapassa R$ 1 bilhão, e buscar soluções junto ao governo federal.
A redução na arrecadação do ICMS tem gerado impactos profundos nos municípios, inclusive em Ibirubá. "Estamos enfrentando uma queda que prejudica serviços essenciais e obriga a administração a remanejar recursos e se adaptar a essa nova realidade", destacou Grave. A queda na arrecadação vem afetando diretamente a capacidade dos municípios de manter e expandir serviços públicos fundamentais.
Mobilização em Brasília
Durante a semana, Abel Grave e outros prefeitos participaram de reuniões com deputados federais, senadores e representantes da Confederação Nacional de Municípios (CNM). "Nos mobilizamos via FAMURS e junto à bancada do governo federal para buscar compensações pela queda de arrecadação. A situação é preocupante e exige uma resposta imediata para evitar um colapso nos serviços municipais", afirmou o prefeito.
Problemas e adaptações
Além da queda de arrecadação, os municípios têm enfrentado desafios adicionais como a pandemia, mudanças legislativas e desastres naturais, como a estiagem que afetou a região nos últimos anos. "A administração pública vive em constante adaptação. Precisamos estar prontos para enfrentar situações imprevistas e buscar sempre a melhor forma de atender à população", comentou Abel.
Apesar das dificuldades, Ibirubá continua investindo em infraestrutura e projetos sociais. Recentemente, a presidente do Legislativo, Patrícia Sandri, assumiu o executivo durante a ausência do prefeito, anunciando projetos de asfaltamento e ampliação do horário de atendimento no posto de saúde. "Estamos trabalhando em diversas frentes, com obras licitadas e em andamento, como a pavimentação de várias ruas e a construção de novas praças e escolas", explicou o prefeito.
Reflexões e perspectivas
Grave também refletiu sobre as dificuldades enfrentadas pelas famílias atingidas por desastres naturais na região. "Ver a devastação em cidades como Cruzeiro do Sul é um lembrete do quanto precisamos estar unidos e buscar sempre o melhor para nossa comunidade", afirmou. Ele enfatizou a importância da união entre os gestores municipais para superar os desafios atuais e futuros.
Expectativas futuras
A viagem a Brasília trouxe algumas promessas de ações futuras. "Esperamos que a mobilização da FAMURS traga resultados positivos e que possamos equilibrar as finanças dos municípios. O governo federal sinalizou algumas ações, e aguardamos anúncios concretos nos próximos dias", concluiu Abel.
Reflexão sobre habitação e projetos de asfaltamento em Ibirubá
Em meio aos desafios financeiros e administrativos, o prefeito tem se debruçado sobre questões cruciais para o município, como habitação e infraestrutura viária. Ele destacou as dificuldades enfrentadas pela população em relação à moradia e os esforços contínuos da administração para melhorar as condições de vida dos cidadãos.
A habitação é um tema central nas preocupações do executivo municipal. Ele enfatizou a importância de fornecer moradias acessíveis para a população de baixa renda e refletiu sobre as dificuldades enfrentadas por muitas famílias que não possuem recursos suficientes para adquirir uma casa própria. "Muitas pessoas não tiveram a sorte de nascer em um berço de ouro ou de contar com o apoio financeiro de familiares. Elas precisam de políticas públicas que as ajudem a conquistar um lar", afirmou. O prefeito citou a construção de aproximadamente 200 novas casas em diferentes bairros da cidade. "Foram 70 casas no bairro Hermany II, 33 no Novo Horizonte e serão mais 100 no Loteamento Avante. Este último projeto já está em fase de terraplanagem", explicou.
Melhorias na infraestrutura: Além das novas construções, a administração municipal está investindo em melhorias nas áreas urbanas, como a desobstrução de córregos e a implementação de infraestrutura básica, incluindo água, luz e calçamento.
Abel também criticou a falta de políticas habitacionais mais abrangentes a nível federal, como o programa "Minha Casa Minha Vida'' faixa 1 que subsidia moradias para famílias com renda até R$ 3.500. "Se tivéssemos acesso ao 'Faixa 1', poderíamos atender um número ainda maior de famílias. É fundamental que o governo retome programas desse tipo para ajudar quem mais precisa", disse o prefeito.
Projetos de asfaltamento e
infraestrutura viária
A infraestrutura viária de Ibirubá também é tema de planejamento da administração. Diversos projetos de asfaltamento estão em andamento ou prestes a ser iniciados, visando melhorar a mobilidade urbana e rural do município. Entre eles estão a pavimentação em Boa Vista e na rua Aloísio Müller, já licitadas e em fase de execução. Essas obras visam melhorar significativamente a infraestrutura viária em áreas críticas. Entretanto Avenida Brasil, sentido Coprel - Clube Divertido, segue sem investimentos e está em péssimas condições. Outro ponto a melhorar são as ruas centrais, que apresentam buracos e dificultam o trânsito na região mais movimentada do município.
Novas Licitações: A prefeitura está licitando a pavimentação das avenidas Fortaleza, Brasil e Jacob Schweig Filho. "Estas obras são essenciais para garantir um tráfego seguro e eficiente para nossos cidadãos", destacou Abel.
Recapeamento no Centro: No centro da cidade, será realizado o recapeamento de vias importantes, incluindo a frente do Paço Municipal e a rua Firmino de Paula, que atualmente apresentam condições precárias.
COMAJA e as estradas regionais
Outro ponto destacado pelo prefeito, que também é presidente do Comaja, foi a questão das estradas regionais sob a jurisdição do Consórcio dos Municípios do Alto Jacuí. Grave expressou frustração com a lentidão na execução de projetos viários, apesar de recursos já terem sido destinados. Ele colocou o atraso na conta dos recentes problemas climáticos enfrentados pelo estado.
Segundo Grave, a execução das obras esbarra na burocracia, como a liberação de licenças ambientais e a finalização de projetos. "Apesar dos recursos assinados e da empresa contratada, estamos enfrentando atrasos que comprometem o andamento das obras", lamentou. A ERS-506, que liga importantes regiões agrícolas, é uma das prioridades. "A melhoria dessa estrada é vital para o escoamento da produção agrícola e para a segurança dos motoristas", afirmou.
Grave reforçou a necessidade de uma ação mais ágil e coordenada para que os projetos de infraestrutura saiam do papel e beneficiem a população o quanto antes. "Estamos em constante contato com os responsáveis e buscamos acelerar os processos para que as obras sejam finalmente realizadas", concluiu.