Na última segunda-feira, a vereadora Patrícia Sandri (União Brasil) usou a tribuna na Câmara de Vereadores de Ibirubá para questionar o investimento na construção de uma casa de passagem para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, que aguardam uma decisão judicial sobre seu futuro. A vereadora declarou que a prefeita eleita, Jaqueline Brignoni Winsch, teria manifestado preocupações sobre a manutenção do espaço após sua construção. O projeto, aprovado pela Consulta Popular de 2022, destinou R$ 1,035 milhão, com contrapartida municipal de R$ 182 mil, para acolher até 20 menores de 0 a 18 anos temporariamente afastados do convívio familiar por medidas protetivas. A assinatura do convênio ocorreu durante a abertura da 1ª Feira da Pitanga e 14ª Expoibi, com a presença do então secretário de Desenvolvimento Social do RS, Beto Fantinel, e do prefeito Abel Grave.
Consultada por nossa coluna, a prefeita eleita, Jaqueline Brignoni Winsch, esclareceu: “Estamos levantando informações sobre a casa de acolhimento no governo de transição, já que o município sede será Ibirubá. Também a avaliação dos órgãos fiscalizadores sobre os serviços ofertados através da família acolhedora”.
É lamentável que, em vez de apoiar uma política pública essencial para oferecer acolhimento e dignidade a crianças vulneráveis, a vereadora prefira levantar dúvidas sobre o projeto e sua continuidade, lançando a responsabilidade nas mãos da próxima gestão. A casa de passagem é um passo urgente para fortalecer o cuidado com essas crianças. Afinal, quem nega acolhimento para elas, o que está realmente disposto a acolher?