O mês de janeiro trouxe um pouco de apreensão para os produtores por conta da falta de chuva registrada nos primeiros dias do mês. Essa preocupação era justificável pois viemos de três anos de estiagens que impactaram fortemente a economia e todo o ano essa preocupação é observada, principalmente na cultura da soja. A última chuva relevante tinha ocorrido em 29 de dezembro, deixando a agricultura em uma situação delicada.
No entanto, uma reviravolta positiva ocorreu nos últimos dias. Condições climáticas severas foram previstas, e, conforme monitoramento de institutos meteorológicos, uma chuva intensa estava prevista para dos dias 16 à 18 de janeiro. Essa previsão se concretizou, trazendo alívio para as lavouras que estavam enfrentando um potencial de perdas consideráveis.
Foram mais de 200mm em apenas dois dias, e na intensidade exata, a chuva foi bem-vinda, não causando danos significativos, como granizo e vendavais, mas revertendo a situação das lavouras de soja. Essa mudança foi crucial para evitar perdas substanciais, conforme indicado por dados preliminares que apontam uma "chuva de R$ 26 milhões" na cidade.
O consultor agrícola, Márcio Ücker, expressou otimismo em relação à produção de soja deste ano, destacando a potencial melhoria nas condições das lavouras, inclusive prevendo uma produtividade superior.
No entanto, há uma nuvem de preocupação em relação aos preços da soja, que sofreram uma redução significativa desde o início de janeiro. Uma queda de quase 11% no preço foi registrada, e a bolsa de Chicago encerrou recentemente com uma redução adicional, aproximando-se de 12 dólares o Bushel. Este fenômeno preocupa o setor agrícola, embora não haja uma razão específica aparente para essa tendência de mercado.
Apesar dessa preocupação, a condição geral da produção parece promissora, e a esperança é que, se as condições climáticas favoráveis persistirem, a região terá uma safra robusta de soja este ano.
Para informações mais detalhadas sobre as chuvas recentes, a Estação Climática Hiperlocal FieldPro registrou um acumulado impressionante de 204,40 mm de chuva, com 120,7 mm apenas hoje, 18/01/24. Continuaremos acompanhando e informando sobre as condições climáticas na região de Ibirubá-RS.
A Emater estima que a safra gaúcha de soja possa atingir 22 milhões de toneladas, representando um aumento de 70%. Essa projeção está mantida até março, quando uma nova análise será realizada. A expectativa está centrada nas condições climáticas, esperando chuvas regulares para o desenvolvimento das plantas.
Nesta safra 23/24, produtores inverteram a estratégia de plantio, aproveitando condições climáticas mais favoráveis no final da janela. Cerca de 10% da área passou por replantio.
Técnicos da Emater destacam a recuperação recente devido às condições climáticas favoráveis, mas alertam para possíveis impactos no porte e ciclo reprodutivo das plantas plantadas fora do período ideal.
O Boletim de Acompanhamento Semanal da Emater indica que 12% das lavouras já estão em floração, beneficiadas pelo calor das últimas semanas, aumentando as chances de uma boa produção.
A produtividade estimada é de 3.327 kg/ha em uma área de 6,7 milhões de hectares. Após dois anos de desafios, os produtores esperam resultados positivos, destacando a importância do clima e dos preços para o sucesso da safra.
Apesar dessa preocupação, a condição geral da produção parece promissora, e a esperança é que, se as condições climáticas favoráveis persistirem, a região terá uma safra robusta de soja este ano.