Um fato que chocou Ibirubá e repercutiu em todo o estado do Rio Grande do Sul terá mais um capítulo nessa semana. O caso do feminicídio de Joice Pereira Flores, ocorrido em novembro de 2020 no bairro Progresso em Ibirubá, irá a júri popular nesta terça-feira (25) no foro local. Os trabalhos iniciam por volta de 8h30min, e a expectativa é que seja um julgamento demorado em função da defesa do acusado trazer testemunhas para serem ouvidas em plenário.
Relembre o caso:
Uma mulher foi encontrada morta dentro de casa em Ibirubá, no Noroeste do Rio Grande do Sul, na noite de segunda-feira (23/11/2020). A vítima foi identificada como Joice Pereira Flores, de 32 anos.
O caso foi registrado pela polícia como feminicídio e o principal suspeito é o companheiro da vítima, Vinicius Schultz Rodrigues, de 32 anos, que foi preso em flagrante.
A delegada responsável pelo caso, Diná Rosa Aroldi, relata que a Brigada Militar foi acionada por uma amiga da vítima.
"Quando a BM chegou encontrou a mulher morta numa cama e um cara sentado no sofá da sala, em frente ao quarto. A BM falou com o cara e ele disse que tinha matado a mulher na madrugada de domingo", afirma.
A polícia acredita que Joice foi morta por volta das 4h. De acordo com a delegada, o cheiro na casa já era muito forte.
"Uma amiga dela tentou falar com ela no sábado. Na madrugada de domingo, ela mandou um WhatsApp pra amiga, mas a amiga não visualizou. A última visualização [da vítima] foi perto das 4h, por isso acreditamos que mais ou menos foi a hora da morte. Quase 48h que ela estava morta", diz.
Segundo o relato do suspeito, o casal teria tido uma briga na noite de sábado (21).
"Ele alega que foi dormir e quando acordou ela estava com uma faca já cortando os pulsos dele, daí ele pegou a faca e matou ela com uma facada no pescoço", conta a delegada.
O homem disse ainda à polícia que após o crime tentou se matar fazendo uso de medicação.
De acordo com as autoridades, o casal tinha um relacionamento há 5 meses. Joice deixa 4 filhos, nenhum com o suspeito. Uma menina de 15 anos e um menino de 10 moravam com os pais. Já os filhos menores, duas meninas, de 6 e 4 anos, moravam com ela, mas não estariam em casa no momento do crime.
O suspeito não tinha antecedentes criminais e foi encaminhado ao presídio de Espumoso.