Na propriedade agropecuária Puxeretê, localizada na linha Pulador Sul, em Ibirubá, a família Schwantes implementou um sistema de ordenha robotizada que transformou a produção leiteira. O investimento resultou em um aumento de 25% na produtividade, trazendo inovação e reduzindo o esforço físico no trabalho diário.

Valdir Schwantes iniciou a atividade leiteira nos anos 1980 com apenas 13 vacas. Lembrando os desafios do início, Valdir destacou que a ordenha era feita manualmente, com ferramentas simples, como baldes e tarros, e que o transporte do leite era limitado. "Era muito sofrido, especialmente no inverno. Mas, com o passar dos anos, fomos investindo em equipamentos e melhorando nossa estrutura", contou.
A esposa, Anelise Schwantes, recorda o esforço da família no começo da atividade. "Íamos para a ordenha levando as filhas pequenas. Era um trabalho demorado e cansativo, mas conseguimos superar as dificuldades."
O maior salto veio em 2022, quando a família instalou o robô de ordenha. Valdir conheceu essa tecnologia em 2002, durante uma visita à França proporcionada por um concurso promovido pela Cotribá. "Nunca imaginei que levaria 20 anos para ter um desses aqui na propriedade", relatou.
O robô trouxe mudanças significativas. A filha Thaíse Schwantes, veterinária e diretamente envolvida na gestão, explica que o sistema é totalmente automatizado. "As vacas possuem chips que permitem identificar se estão aptas para ordenha. O robô faz todo o processo, desde a desinfecção até a coleta do leite, garantindo higiene e eficiência. Agora, algumas vacas chegam a realizar quatro ordenhas por dia, o que seria impossível no sistema antigo."
A adaptação inicial foi desafiadora, mas a família logo percebeu os benefícios. "Passamos a monitorar os dados pelo computador, o que permite acompanhar a produção em tempo real e identificar possíveis problemas no rebanho. Isso otimiza muito o trabalho", destacou Thaíse.
Além da modernização, o robô também reduziu a necessidade de mão de obra intensiva. Segundo a família, o sistema substitui o trabalho de até oito pessoas, permitindo que o tempo seja dedicado à gestão da propriedade e à qualidade de vida.
"A ordenha robotizada foi uma mudança necessária, especialmente para mim, que enfrentava dificuldades físicas com o sistema antigo. Hoje, o trabalho está muito mais tranquilo", contou Anelise.
Com capacidade para atender até 60 vacas, o robô já permitiu um aumento significativo na produção. "Apostamos na tecnologia porque acreditamos que ela é o futuro da pecuária leiteira", concluiu Valdir.
A reportagem, gravada em 2023, é a segunda matéria mais acessada em 2024 no canal do Youtube do Jornal O Alto Jacuí, e soma mais de 150 mil visualizações.