31 de maio, 2024 09h05m Juri por Redação Integrada Rádio Cidade de Ibirubá e Jornal O Alto Jacuí

Júri condena mais dois por homicídio na véspera de Natal de 2021 no município de Ibirubá

Três envolvidos na execução já estavam presos, e agora a justiça buscava encerrar o caso julgando os mandantes do crime

 A cidade acompanhou de perto o desfecho desse caso. Desde cedo, a movimentação era intensa, com o trânsito bloqueado e a tensão no ar enquanto o júri popular se preparava para ouvir os detalhes do crime. A promotora de Justiça, Suzane Hellfeldt, apresentou a acusação contra Cristian da Rosa Camargo e Lucas Renan Júnior Moreira de Quadros, defendidos respectivamente pelo defensor público Vitor Hugo Machado de Almeida e a advogada Julia Formigheri. O julgamento destacou a disputa pelo tráfico de drogas entre facções na região, trazendo um fim a um capítulo sombrio na história local.

A rotina da comunidade de Ibirubá foi modificada na gelada manhã de terça-feira (28) com um júri movimentado no Fórum local, localizado na Rua Flores da Cunha. O local foi palco de um julgamento que culminou na condenação de dois homens pelo assassinato de Jeferson de Borba Bade, conhecido como Jefão. A cidade acompanhou atenta o desfecho do crime ocorrido na noite de 24 de dezembro de 2021.
Desde as primeiras horas da manhã, a movimentação era intensa. O trânsito foi bloqueado, e a tensão pairava no ar enquanto o júri popular, composto por sete cidadãos, se preparava para ouvir os detalhes de uma trama criminosa.
A promotora de Justiça, Suzane Hellfeldt, apresentou com firmeza a acusação contra Cristian da Rosa Camargo e Lucas Renan Júnior Moreira de Quadros. No banco da defesa, o defensor público Vitor Hugo Machado de Almeida estava encarregado de argumentar a favor de Lucas, enquanto a advogada Julia Formigheri atuou na defesa de Cristian. No centro de tudo, a disputa pelo tráfico de drogas entre facções na região.

Relembre o caso:

Na véspera de Natal, por volta das 21h20min, a tranquilidade de Ibirubá foi abalada por tiros que ecoaram no trevo da cidade. Conforme a acusação, Jefão, ao lado de sua mulher, foi atraído até o local do crime através de mensagens pelo aplicativo WhatsApp. O encontro foi marcado para acontecer no pátio do armazém da Cotribá, no trevo principal de Ibirubá. Jeferson estacionou ao lado de outro VW-Gol, cor cinza, conforme combinado. De dentro do Gol cinza desceu um homem que sacou a arma e disparou cinco vezes contra Jefão, que estava sentado no banco do motorista. A acusação sustenta que Jefão não teve chance de defesa e morreu no local. A mulher, embora ilesa fisicamente, entrou em estado de choque, saiu correndo e gritou por socorro. A Brigada Militar chegou rapidamente e isolou a área, aguardando a equipe da Polícia Civil de Cruz Alta.
Os dias seguintes foram de intensa investigação. No dia 25 de dezembro, uma VW-Parati foi localizada em chamas na ERS-506, na saída para Alfredo Brenner. A investigação concluiu que esse fato foi premeditado e aconteceu para tentar desviar o foco da polícia do caso ocorrido na noite anterior.
No dia 30 de dezembro, a Polícia Civil prendeu um jovem de 22 anos, suspeito de ser o autor dos disparos. O veículo usado no crime foi apreendido, e o suspeito foi encaminhado ao Presídio Estadual de Espumoso.
Após ter acesso ao celular dos envolvidos, a Polícia Civil concluiu que a ordem para executar Jefão havia sido dada de dentro do presídio de Venâncio Aires. O mandante, Lucas Renan Júnior Moreira de Quadros, fez contato via celular com Cristian da Rosa Camargo, apontado como seu braço direito, o gerente da organização. Cristian organizou a logística necessária para realizar a tarefa que havia recebido, e depois de concluído o trabalho, enviou o link da notícia da morte do desafeto para Lucas.
Três envolvidos na execução já estavam presos, e agora a justiça buscava encerrar o caso julgando os mandantes do crime.
Desfecho do júri:
Por volta das 13 horas, o juiz Dr. Ralph Moraes Langanke pediu aos presentes no tribunal que ficassem em pé e leu a sentença. Lucas Renan Júnior Moreira de Quadros foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado. Cristian da Rosa Camargo recebeu uma pena de 29 anos de prisão, também em regime fechado. Ambos cumprirão suas penas no presídio de Soledade. Antes de deixar a sala de sessões, os dois condenados ameaçaram o juiz e os jurados, fato que foi incluído na ata da sessão.
Com a sentença proferida e a justiça feita, a Rua Flores da Cunha foi liberada para o trânsito de veículos por volta das 13h45min.
 

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