Mais de 100 jovens com idades entre 14 e 24 anos estão sendo qualificados gratuitamente em Ibirubá através de cursos do SENAI com foco direto na inserção no mercado de trabalho. A nova planta da escola, inaugurada em 2025, já é referência no modelo de formação alinhado às demandas industriais e à tecnologia de ponta.
Uma escola que prepara alunos para trabalhar com impressoras 3D, máquinas de corte a laser e comandos elétricos industriais não é mais exclusividade das grandes capitais. Ibirubá vive essa realidade com a nova unidade do SENAI, que dobrou sua área construída, investiu em laboratórios modernos e já qualificou centenas de jovens que saem da escola diretamente para o mercado de trabalho.
A nova planta da escola do SENAI em Ibirubá, inaugurada em maio de 2025, funciona como uma ponte real entre educação e empregabilidade. São ofertados gratuitamente cursos de Manutenção Industrial, Eletricidade Industrial, Logística e, a partir deste semestre, um novo curso de Montador de Máquinas Agrícolas. Além disso, uma turma exclusiva voltada a pessoas com deficiência (PCD) será implantada dentro do Programa SENAI de Ações Inclusivas.
Para aproximar ainda mais a comunidade dessa estrutura moderna, o SENAI realiza nos dias 5 e 6 de junho o evento Mundo SENAI, oportunidade em que pais, estudantes e moradores podem visitar as salas de aula, conhecer os laboratórios e tirar dúvidas com a equipe pedagógica. A programação ocorre durante todo o dia, na sede da escola, e é aberta ao público. Informações adicionais podem ser obtidas com as indústrias parceiras da região ou pelo site oficial do SENAI-RS.
De acordo com Rogério de Bairros, diretor regional responsável pela gestão da unidade de Ibirubá e outras quatro cidades, o SENAI é mantido pela indústria e atua conforme as necessidades do setor produtivo. “Onde há uma indústria forte, há um SENAI forte. Em Ibirubá, há muitos anos a indústria buscava essa parceria, e agora temos um centro de formação à altura da pujança local”, afirmou.
Mais do que infraestrutura, o diferencial está na metodologia. Todos os cursos seguem o que determina a Lei da Aprendizagem, contemplando jovens de 14 a 24 anos. O aluno, ao ingressar por meio da indicação de uma empresa parceira, passa a ser registrado como jovem aprendiz, com contrato de trabalho e bolsa mensal paga pela indústria. “Além de não pagar nada pelo curso, ele recebe uma ajuda de custo e tem acesso aos mesmos benefícios dos demais colaboradores da empresa”, explica Rogério.
Essa conexão direta entre aprendizado e prática foi destacada por diversos alunos ouvidos durante a cobertura da inauguração. Um deles relatou estar contratado como aprendiz, recebendo salário e atuando dentro da indústria parte da semana, enquanto completa sua formação técnica nas salas e laboratórios do SENAI.
A estrutura atual conta com quatro salas de aula, laboratórios com máquinas CNC, equipamentos de soldagem com sistema de exaustão, oficinas de elétrica e metalmecânica, impressoras 3D e espaços adaptados à nova realidade da indústria 4.0 e 5.0. “O investimento em capital humano é o que transforma realidades”, resume o diretor.
Ibirubá, mais uma vez, demonstra como parcerias estratégicas entre setor público, indústria e educação podem transformar o presente de muitos jovens — e garantir um futuro com mais oportunidades para todos.
