No "Baú do Esporte" há uma figura que brilha com intensidade: Escurinho. Sua presença é uma das mais memoráveis no programa, evocando lembranças de uma era dourada do futebol local. Em uma conversa nostálgica, Escurinho nos leva por uma jornada pelas suas experiências e reflexões sobre sua vida dedicada ao esporte.
Desde cedo Aristides de Souza demonstrou talento e paixão pelo futebol, um amor que o acompanhou ao longo dos anos. Apesar de nunca ter buscado o profissionalismo, o esporte sempre foi uma parte integral de sua vida. "Na minha época, o futebol era diferente, não havia os grandes contratos milionários de hoje", lembra com saudosismo.
Com quase cinco décadas em Ibirubá, Escurinho encontrou não apenas um lugar para viver, mas uma comunidade acolhedora que o abraçou como um de seus próprios. "Fui bem recebido, como se estivesse em casa", diz com gratidão. Ele relembra com carinho os momentos nos campos, onde as amizades se fortaleciam e a paixão pelo esporte prevalecia.
Questionado sobre suas preferências clubísticas, Escurinho é enfático: "Sou um amante do esporte, não tenho preferência por times". Sua lealdade está no jogo limpo e na camaradagem, valores que ele sempre defendeu, seja nos tempos em que jogava pelo Juventude ou pelo Grêmio.
Entre as lembranças emocionantes, Escurinho compartilha momentos marcantes de sua carreira, como o incidente em campo que resultou em uma lesão grave em um adversário no município de Campos Borges. "Foi um acidente de trabalho, mas nunca tive a intenção de machucar alguém", explica, destacando a ética e o respeito que sempre guiaram suas ações no campo.
Ao falar sobre seus treinadores e técnicos que o influenciaram, Escurinho destaca Valdir Weber. "Ele foi fundamental em minha trajetória, cobrando e orientando para que eu me tornasse um jogador melhor", relata. Sua carreira nos gramados foi pontuada por diversos clubes e inúmeras partidas memoráveis. Desde o Lutador em Getúlio Vargas até o Vila Nova em Ibirubá, Escurinho deixou sua marca por onde passou, sempre prezando pela amizade e pela competitividade saudável.
No entanto, para Escurinho, o maior legado do esporte vai além dos gols e das vitórias. "O esporte nos ensina sobre respeito, trabalho em equipe e superação", reflete. "É através dele que construímos laços que duram uma vida inteira."
Ao encerrar a conversa, Escurinho agradece o carinho da família, em especial o filho Mario Sergio e do neto Bruno, que seguem representando o sobrenome Souza ao longo dos anos, e reforça sua mensagem de união e fraternidade no esporte. "O verdadeiro valor está nas amizades que fazemos e nas memórias que construímos juntos", conclui, deixando um legado de inspiração e camaradagem para as gerações futuras. A entrevista completa está disponível no canal do Youtube do Jornal O Alto Jacuí.