O Partido Socialista Brasileiro (PSB), sob a liderança de Escolinha, tem se destacado pela sua oposição firme ao governo municipal de Abel Grave (Republicanos), criticando a falta de investimentos em habitação e a precariedade das estradas no interior. Para as eleições de 2024, o PSB está buscando fortalecer suas alianças com partidos como MDB, União Brasil, PL e PDT, apesar de algumas divergências ideológicas.
Entre os desafios apresentados pelo dirigente em entrevista para nossa reportagem, uma ficou clara e bem posicionada. O PSB é oposição ao atual grupo político que comanda o município. Na última eleição municipal os candidatos a vereador do PSB fizeram 731 votos e em 2024 com 12 candidatos o partido espera retomar sua representação na Cãmara de Vereadores.
Oposição ao governo municipal de Abel Grave
O PSB, sob a liderança de Escolinha, tem se destacado pela sua postura de oposição firme ao governo municipal atual, liderado pelo prefeito Abel Grave (Republicanos). Escolinha criticou duramente a gestão de Abel Grave, apontando diversas falhas ao longo de sua administração. Entre as principais críticas estão a falta de investimento em habitação e a precariedade das estradas no interior do município. "Só não fazer a habitação nesses quatro anos que ele não fez nenhuma casa, já é um grande erro. As estradas estão sucateadas, praticamente não temos estradas hoje", declarou Escolinha.
Alianças e estruturação partidária
Para as eleições de 2024, o PSB tem buscado fortalecer suas alianças e estruturar uma chapa robusta. As conversações têm incluído partidos como o MDB, União Brasil, PL e PDT. Segundo Escolinha, as discussões com esses partidos têm sido positivas, com um foco em construir uma plataforma que represente uma mudança significativa para Ibirubá. Mesmo que no entanto, a aliança com o PL se apresenta particularmente desafiadora devido às divergências ideológicas entre os dois partidos. Escolinha descreve a relação como "tranquila", destacando não ter as dificuldades de conciliar as posições políticas.
“Nós estamos firmes e fortes com essa aliança. É um projeto que está se construindo, e cada partido traz suas propostas para a mesa”, disse Escolinha. Ele destacou que o PSB tem apresentado nomes fortes para compor a chapa, como o de Artêmio Ciprandi Stefanello, indicado como possível candidato a vice-prefeito.
Estratégia e desafios
A estratégia do PSB inclui não apenas a oposição ao governo atual, mas também a contribuição para a construção de um plano de governo que atenda às necessidades da população. “Nós defendemos habitação, melhorias nas estradas do interior, e um governo que realmente olhe para as pessoas”, explicou Escolinha. Ele também ressaltou a importância de incluir jovens na política, incentivando uma participação mais ativa da juventude na administração municipal.
Escolinha não poupou críticas ao prefeito Abel Grave e ao grupo político Frentão. Ele destacou que a administração atual não só perdeu vereadores e líderes importantes, mas também falhou em ouvir as necessidades da comunidade e dos próprios membros do partido. “O prefeito precisa dar ouvidos para as pessoas. Muitas lideranças saíram porque não foram ouvidas, como o Wagner e o Gabriel de Jesus. Essas pessoas cobraram mudanças que não aconteceram”, afirmou Escolinha.
Com as mudanças nas regras eleitorais para 2024, onde cada partido precisa atingir um coeficiente eleitoral mínimo para garantir vagas na Câmara de Vereadores, o PSB está trabalhando para alinhar seus pré-candidatos e garantir uma representatividade forte. “Hoje, temos 19 pré-candidatos a vereadores, mas vamos afinar isso para 12, que é o máximo permitido. Nosso foco é garantir que todos estejam bem preparados para essa disputa”, afirmou Escolinha.
A saída de Olindo de Campos
Escolinha também comentou a saída de Olindo de Campos do PSB, filiação que durou cerca de 1 ano. A entrada de Olindo no PSB gerou grandes expectativas dentro do partido, que via em Olindo uma adição valiosa, dada sua extensa experiência política, incluindo passagens como secretário municipal e presidente da Câmara.
Segundo o presidente, Olindo de Campos nunca se sentiu completamente à vontade no PSB. A principal razão apontada para seu desconforto foi a postura de oposição do PSB ao governo municipal atual, do qual Olindo havia sido parte durante anos como membro do PT.